Soja tem leve alta e plantio supera média histórica

De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), referente ao período de 17 a 23 de outubro e publicada na quinta-feira (23), o mercado da soja registrou leve valorização no Brasil. “Com os prêmios subindo e Chicago melhorando, a valorização do Real não evitou uma pequena melhoria nos preços da oleaginosa”, destacou o relatório.

A Ceema informou que a média gaúcha foi de R$ 124,29 por saca, enquanto as principais praças do estado registraram R$ 122,00. No restante do país, os preços oscilaram entre R$ 119,00 e R$ 125,00 por saca.

O plantio da nova safra 2025/26 atingiu 24% no início da semana analisada, superando a média histórica de 16,2% para o período, segundo dados da Pátria AgroNegócio e da AgRural. No Mato Grosso do Sul, a semeadura alcançou 30,9% da área esperada. A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS) estima um aumento de 5,9% na área cultivada, totalizando 4,79 milhões de hectares, com produtividade média de 52,8 sacas por hectare e produção prevista em 15,2 milhões de toneladas.

Em âmbito nacional, a produção total da próxima safra deve ficar entre 178 e 180 milhões de toneladas, acima das 171,8 milhões colhidas na safra anterior, conforme revisão da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

A Abiove também projeta que as exportações brasileiras de soja possam atingir 111 milhões de toneladas em 2026, um aumento de 1,4% em relação ao volume de 2025. O esmagamento deve chegar a 60,5 milhões de toneladas, avanço de 3,4%. “Com esse desempenho, os estoques finais de soja brasileira em 2026 aumentariam 75% na comparação anual, para 10,5 milhões de toneladas”, informou a entidade.

A exportação de farelo de soja brasileiro deve alcançar 24,6 milhões de toneladas, alta anual de 4,2%. A produção interna do derivado está estimada em 46,6 milhões de toneladas, crescimento de 3,3%. A produção de óleo de soja, impulsionada pela demanda por biodiesel, deve atingir 12,2 milhões de toneladas em 2026, aumento de 3,8% sobre 2025. O consumo interno está projetado em 11 milhões de toneladas, alta de 4,8%. Em contrapartida, as exportações de óleo de soja devem recuar mais de 25%, para cerca de 1 milhão de toneladas no próximo ano.