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CE tem queda de 11% na produção agrícola em junho


O resultado, se comparado à 1ª estimativa, corresponde a recuo de 26,9%. Chuvas são a causa, diz GCEA

As expectativas iniciais de superar este ano a maior safra da história cearense obtida em 2006 (1.145.558 toneladas) foram eliminadas. O resultado de junho aponta para uma produção de 998.767t, que comparada a primeira estimativa (1.367.089 toneladas) já apresenta uma redução de 26,94% e frente ao desempenho do ano passado (1.129.858t), o declínio é de 11,60%. Os dados são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Grupo de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias do Ceará (GCEA-CE), divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O comportamento da produção agrícola — inverso ao esperado — é decorrente, segundo o GCEA, da continuidade das chuvas que, embora em menor freqüência e intensidade, têm perspectiva de prolongamento ainda este mês. O reflexo desse cenário aponta para variação em 17 produtos, comparando-se com o mês anterior, havendo três com alterações positivas e 14 negativas.

De acordo com o levantamento, as culturas que variaram positivamente foram: algodão herbáceo de sequeiro, sorgo granífero e manga. Na contramão dos bons resultados estão amendoim, arroz de sequeiro, feijão de arranca de 1ª safra (Phaseollus), feijão de corda de 1ª safra (Vigna), girassol, milho (grão), cana-de-açúcar, mamona, mandioca, acerola, castanha-de-caju, coco-da-baía (seco), goiaba e mamão.

Outros cultivos

No grupo de cereais, leguminosas e oleaginosas as modificações positivas ocorreram no algodão herbáceo de sequeiro e sorgo granífero. O crescimento foi devido à inclusão de 300 hectares no município de Ocara, ao aumento de área nos municípios de Ibicuitinga e Tabuleiro do Norte, mesmo tendo havido redução no rendimento médio esperado. As modificações negativas ocorreram no amendoim, arroz de sequeiro, feijão de arranca de 1ª safra (Phaseollus), feijão de corda de 1ª safra (Vigna), girassol, milho (grão) e mamona. Essas reduções ocorreram por conta do excesso de chuvas.

Tubérculos e raízes

A mandioca também sofreu bastante com as excessivas chuvas, declinando em 0,55%, em relação a maio (943.165 t). A produção esperada para 2009 está estimada em 937.953 toneladas, o que aponta para redução de 7,11%, comparando-se à primeira estimativa, (1.009.770t) mas, ainda cresce 2,40% em relação à safra de 2008 (915.966 t).

A batata-doce, permanece com a expectativa de serem colhidas 15.958 toneladas, significando um crescimento de 21,99% em relação à previsão de produção obtida na safra passada (13.081 t).

FRUTAS
Apenas manga mantém incremento na estimativa

No grupo de frutas frescas e frutos — composto de 14 produtos —, em relação à projeção anterior, houve incremento na estimativa apenas na produção da manga. Foram afetadas as seguintes culturas: acerola, goiaba e mamão. Apesar das perdas, ainda espera-se uma safra de 989.742 toneladas de frutas frescas — 0,03% em relação ao primeiro prognóstico (989.400 t), efetuado em janeiro, e de 3,06% em relação à efetivamente obtida em 2008 (960 371 t).

A castanha-de-caju (total), apresenta uma estimativa de 149.249 t, declinando 0,02% em relação ao mês anterior, devido à reavaliação do rendimento do cajueiro comum, que estava elevado no município de Sobral. Mesmo assim, no cômputo geral, a expectativa ainda é de incremento estimado em 0,12%, comparando-se à projeção inicial (149.074 t) e de 23,32% em relação a safra obtida em 2008 (121.045 t).

O abacaxi permanece com a produção esperada para 2009 em 105.747 mil frutos, correspondendo ao incremento de 1,56%, comparando-se com a previsão inicial (104.127 mil frutos), e de 4,84% em relação a 2008 (100.865 mil frutos).

O coco-da-baía (seco) cai em 0,19%, devido à reavaliação no rendimento no município de Apuiarés, com estimativa de 147.888 mil frutos, o que representa redução de 1,79% em relação ao primeiro prognóstico (150.583 mil frutos) e de 0,47% em comparação ao ano anterior (148.579 mil frutos). O coco-da-baía permanece com a expectativa da produção estimada anteriormente (110.265 mil frutos), crescendo 2,92%, comparando-se com o levantamento inicial e em 4,62% frente a 2008.

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