China retira tarifa do trigo dos EUA
Suspensão da tarifa de até 25% é parte da trégua comercial
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A decisão da China de suspender tarifas sobre o trigo americano a partir de 10 de novembro trouxe alívio ao mercado internacional. Segundo análise da CEEMA, a medida pode fortalecer a competitividade dos Estados Unidos e alterar o fluxo global de comércio do cereal.
O trigo foi incluído na lista de produtos com tarifa reduzida na mais recente rodada de concessões chinesas. A suspensão da tarifa de até 25% é parte da trégua comercial entre os dois países e pode beneficiar diretamente os produtores americanos.
De acordo com a CEEMA, essa decisão traz impacto imediato sobre os preços em Chicago, que já refletiram expectativas mais positivas. O mercado reagiu com alta momentânea, mesmo que a concretização das exportações ainda dependa de negociações logísticas e comerciais.
Atualmente, os EUA enfrentam forte concorrência de países como Rússia, Austrália e União Europeia no mercado internacional de trigo. A redução tarifária tende a reequilibrar esse cenário, favorecendo os embarques norte-americanos.
A medida é também vista como estratégica por parte da China, que busca diversificar seus fornecedores e conter a inflação interna. Além disso, a aproximação com os EUA pode indicar novas etapas de cooperação no setor agrícola. Segundo a CEEMA, o impacto para outros exportadores, como o Brasil, pode ser indireto, mas relevante. Com o trigo americano mais competitivo, os preços internacionais podem enfrentar pressão de baixa nos próximos meses.
O relatório também destaca que o consumo global de trigo segue firme, impulsionado pela demanda de países em desenvolvimento. Assim, mesmo com a maior oferta dos EUA, o cenário de longo prazo ainda dependerá do comportamento da demanda.