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Chuvas elevam risco de doenças na aveia-branca

Aveia-branca mantém bom desenvolvimento no RS


Foto: Canva

De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25), a alternância de dias ensolarados e precipitações regulares manteve a umidade adequada do solo, favorecendo o crescimento vegetativo e reprodutivo das culturas de aveia branca. No entanto, o informativo destacou que “episódios de excesso hídrico e variações de temperatura aumentaram a pressão de doenças fúngicas e, pontualmente, a ocorrência de consequências”.

O levantamento mostra que 10% dos cultivos estão em desenvolvimento vegetativo, 25% em combustível, 42% em enchimento de grãos, 17% em maturação e 6% já colhidas. Segundo a Emater/RS-Ascar, “as perspectivas produtivas permanecem positivas, mas a presença de plantas específicas, como azevém e nabo, e a pressão de doenças podem afetar o rendimento final”. O estado nutricional das máquinas é adequado à função das adubações nitrogenadas oportunas, ainda em andamento nas áreas tardias ou replantadas. No aspecto fitossanitário, o informativo aponta a necessidade de controle de ferrugens e manchas foliares, além do monitoramento de giberela em trabalhos em florescimento sob alta umidade. Condições como solos argilosos muito úmidos e ventos fortes têm restrição de regularidade das aplicações. A Emater/RS-Ascar projeta área de 401.273 hectares e produtividade de 2.254 kg/ha.

Na região administrativa de Bagé, as condições climáticas favoreceram o desenvolvimento dos cultivos, mas áreas com estande reduzidas, resultantes das chuvas excessivas de junho, apresentam limitações sem potencial produtivo. Segundo a Emater/RS-Ascar, “as lavouras implantadas em junho e os materiais precoces estão em esgotamento e início do enchimento de grãos; áreas mais tardias e de replantio estão em estágio vegetativo”. Infestações de nabo e azevém competem com a cultura e podem reduzir o rendimento. Ferrugem e manchas foliares foram registradas em diferentes cultivares, exigindo controle químico constante. Ventos fortes e solos encharcados dificultaram pulverizações em algumas áreas. Casos localizados de ataque de pulgões foram observados, principalmente em Hulha Negra, exigindo aplicação de inseticidas.

Na região de Frederico Westphalen, 3% das áreas estão em estágio vegetativo, 25% em florescimento, 60% em enchimento de grãos, 10% em maturação e 2% já colhidos. O potencial de rendimento estimado é de 2,425 kg/ha. O informativo relata que “o estado fitossanitário exigiu atenção, pois manchas foliares e ferrugens incidiram expressivamente”.

Na região de Ijuí, o abastecimento de grãos ocorre de forma uniforme, com expectativa de grãos de alto peso hectolitro e qualidade. Entretanto, a Emater/RS-Ascar observa aumento na incidência de ferrugem-da-folha, fazendo com que os produtores intensifiquem as aplicações de fungicidas para evitar perdas de rendimento.

Na região de Santa Rosa, houve intensificação das tarefas em maturação. Parte das áreas deve passar por dessecação pré-colheita nos próximos dias para homogeneizar a maturação e reduzir a umidade do grão colhido. A produção deverá ser destinada majoritariamente à alimentação animal e à comercialização direta entre produtores, consolidando-se como fonte alternativa de renda na região.

Na região de Soledade, 30% das áreas estão em alongamento do colmo, 45% em florescimento, 20% em enchimento de grãos e 5% em maturação. A Emater/RS-Ascar projeta safra dentro da normalidade.

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