Chuvas intensas afetam safra de soja no Rio Grande do Sul
A maior parte do estado teve a colheita suspensa devido ao clima
O último Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (09/05), revela que a cultura da soja no Rio Grande do Sul está enfrentando desafios devido ao clima adverso. Antes das intensas precipitações entre 29/04 e 04/05, 76% das áreas estavam apresentando produtividades satisfatórias, com picos impressionantes de 5.400 kg/ha. No entanto, o evento climático impediu a colheita em vários momentos, mudando drasticamente a perspectiva de operação para as áreas restantes, que agora enfrentam potenciais perdas de até 100%.
A maior parte do estado teve a colheita suspensa devido ao clima, embora nas regiões Noroeste e Campanha, onde as chuvas começaram em 01/05, a operação tenha sido realizada entre 29 e 30/04, ainda que de forma precária devido à umidade excessiva dos grãos. A colheita foi retomada lentamente na Campanha a partir de 03/05, ampliando-se nos dias seguintes, totalizando 78% da área cultivada.
A qualidade dos grãos em muitas lavouras maduras está comprometida devido à exposição prolongada à chuva, levando a inviabilidade econômica de sua colheita. A opção por colher nessas condições resulta em descontos significativos, reduzindo a rentabilidade e não cobrindo os custos de produção. Além disso, a erosão do solo causada pelo excesso de chuvas resultou em danos expressivos nas áreas de cultivo.
Embora parte da safra colhida antes das chuvas intensas esteja dentro da normalidade em termos de produtividade, os 22% restantes enfrentarão grandes perdas, variando de 20% a 100%, dependendo da localização geográfica. As estimativas iniciais de produtividade, que eram de 3.329 kg/ha, agora estão sujeitas a variações negativas, dependendo dos resultados das lavouras a serem colhidas ou já perdidas.