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Cientistas batem recorde com edição CRISPR

Eles alegam que fizeram 13.200 alterações genéticas em uma única célula


Uma equipe da Universidade de Harvard (EUA) afirma ter feito 13.200 alterações genéticas em uma única célula usando a técnica CRISPR, um recorde para a tecnologia de edição de genes. O grupo, liderado pelo geneticista George Church, quer aumentar a escala atual na qual os genomas são reescritos, algo que ele acredita que poderia levar a um "redesenho radical" de espécies, incluindo seres humanos. 

O pesquisador da Universidade de Queensland, na Austrália, Geoff Faulkner, diz que em 2016 ele tentou eliminar os elementos LINE em 500 embriões de camundongos para ver se isso afetava seu comportamento, mas nenhum dos ratos sobreviveu para se reproduzir. Para evitar esse problema, a equipe de Harvard adaptou a versão 2.0 do CRISPR, chamada editor base, em vez de cortar o DNA, essa técnica substitui uma letra genética por outra, por exemplo, converte um C em um T. 

De acordo com seu documento, publicado este mês no site de pré-impressão BioRxiv, a equipe conseguiu fazer mais de 13.000 alterações simultaneamente em algumas células sem destruí-las. Eles encontraram uma maneira de realizar o experimento sem causar grande instabilidade em todo o genoma", Faulkner explica. 

Church acredita que a edição genética em larga escala é uma maneira de purificar os genomas, porque elimina o lixo genético que eles contêm. Em 2015, por exemplo, este laboratório eliminou 62 cópias de um retrovírus que se esconde no interior dos genomas dos porcos. Esse tipo de vírus pode ser reativado, portanto, a criação de porcos que carecem deles é um passo seguro para o transplante de órgãos de porco para humano. 

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