Cientistas fazem a canola produzir mais
O desempenho geral da planta melhorou em até 50%

Uma pesquisa promissora da Universidade de Guelph, no Canadá, utilizando edição de genoma e abordagens transgênicas, resultou em um aumento significativo no rendimento de parentes experimentais da canola. Ao replicar o protocolo na canola, observou-se um aumento de 250% no rendimento, com aumento no número de sílicas, hastes e peso médio das sementes.
O desempenho geral da planta melhorou em até 50%, e as linhagens resultantes também apresentaram maior tolerância à seca. A pesquisa destaca avanços inovadores na produção de canola com potencial para aumentos substanciais de rendimento no futuro.
Eles realizaram um estudo utilizando Arabidopsis, uma planta modelo geneticamente semelhante à canola. Embora as duas tenham genes praticamente idênticos, a canola é mais complexa. Financiado pelo Genome Canada e pelo Canola Council of Canada, o estudo visa replicar os resultados na canola para beneficiar a agricultura.
O cientistas, liderados por Liping Wang, usaram CRISPR e técnicas transgênicas para modificar seis genes na canola, observando um aumento significativo no número de sílicas, hastes e peso médio das sementes. O desempenho geral das plantas transgênicas melhorou até 50%, evidenciando vantagens como aumento no rendimento e maior tolerância à seca.
"Fiquei entusiasmado ao ver a validação em termos de rendimento e potencial de resistência à seca", diz Wang. "As alterações climáticas são muito urgentes neste momento. Lembro-me de que, anos atrás, em Saskatchewan, atingiam-se temperaturas de 33-34°C no verão, e a canola não tolera bem esse calor. O desempenho caía significativamente”, conclui.