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Cientistas pedem monitoramento constante de mudanças do H1N1

Cientistas pedem monitoramento constante de mudanças do H1N1


HONG KONG (Reuters) - Especialistas pediram o monitoramento constante de como o novo vírus de gripe H1N1 se desenvolverá nos próximos meses no hemisfério sul, já que isso poderá ajudar a responder questões que vêm escapando aos cientistas há décadas.

Em artigo publicado na revista Nature, cientistas do Japão e dos Estados Unidos analisaram a literatura médica sobre as três mais recentes pandemias - a gripe espanhola de 1918-1919, a gripe asiática de 1957 e a gripe de Hong Kong de 1968 - bem como a combate contra o vírus da gripe aviária H5N1 nos últimos dez anos.

"Embora se tenha aprendido muito sobre vírus de gripes, questões importantes permanecem sem resposta: por exemplo, quais fatores determinam a transmissão entre espécies, novas combinações no vírus e transmissão entre humanos - fatores responsáveis pelas pandemias passadas e que serão críticos no surgimento de novos vírus pandêmicos", escreveram.

Liderados por Yoshihiro Kawaoka, do Centro de Pesquisa de Doenças Infecciosas da Universidade de Tóquio, o grupo lembrou como a primeira onda moderada da pandemia de gripe espanhola foi seguida por outras duas mortíferas.

Portanto, observar agora como este novo vírus H1N1 se desenvolve nos próximos meses pode trazer luz sobre quais mudanças genéticas podem ocorrer para torná-lo mais virulento ou mesmo mais eficaz na transmissão entre humanos, se essas adaptações ocorrerem.

"O monitoramento cuidadoso do H1N1 durante a próxima estação de inverno no hemisfério sul é de importância crítica para detectar varáveis mais virulentas do vírus, no caso de elas surgirem", escreveram.

"De uma perspectiva científica, a oportunidade de observar a evolução deste vírus em tempo real pode fornecer informação inestimável sobre os fatores que determinam a patogenicidade e/ou transmissibilidade."

Este novo vírus H1N1 contém material genético de vírus da gripe em aves, suínos e humanos e parece ter uma taxa de mortalidade de 0,2 por cento, segundo um primeiro relatório de pesquisa. Este número é levemente maior do que a taxa de mortalidade por vírus sazonais de gripe.

Os especialistas também alertaram que a comunidade mundial não está bem preparada para uma pandemia, pois os estoques de medicamentos antivirais são insuficientes e a produção de vacinas é lenta.


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