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Citricultura enfrenta queda de produtividade e efeitos do greening

Desafios climáticos reduzem projeção da safra de laranja


Foto: Canva

A produção de laranja no Brasil deve recuar na safra 2025/26, impactada por adversidades climáticas e pela progressão do greening, segundo dados divulgados pelo Itaú BBA. A expectativa é de queda de produtividade nos pomares, mesmo com áreas semelhantes às do ciclo anterior.

O clima mais seco e irregular durante fases críticas do desenvolvimento das plantas afetou a florada e o pegamento dos frutos, o que já se reflete em revisões das estimativas de colheita. A doença do greening, que compromete a sanidade das árvores e reduz a vida útil dos pomares, segue como desafio estrutural para o setor.

Embora os preços internos estejam em patamar elevado, impulsionados pela menor oferta e boa demanda da indústria, a rentabilidade do produtor é pressionada pelos custos crescentes de manejo, controle fitossanitário e renovação de áreas.

A disponibilidade limitada de frutas para a indústria deve impactar a produção de suco, inclusive nas exportações, segmento em que o Brasil é líder mundial. Com estoques já ajustados, as indústrias devem enfrentar dificuldades para manter o ritmo de embarques no próximo ano.

O Itaú BBA aponta que o setor citrícola deve concentrar esforços em programas de replantio e adoção de tecnologias que aumentem a resiliência das plantas, como variedades mais tolerantes e técnicas de manejo integrado.

Com previsão de cenário apertado de oferta para 2026, o mercado de suco de laranja tende a permanecer aquecido, com cotações firmes e foco na busca por eficiência na produção.
 

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