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Citrosuco entra no mercado catarinense

O Grupo Fischer está construindo nova fábrica para a produção de suco de laranja


Em maio próximo, quando inicia a safra da laranja em Santa Catarina, a divisão de sucos do Grupo Fischer, a Citrosuco Paulista S.A., vai comprar 35 mil toneladas da fruta de cinco cooperativas filiadas à Coopercentral Aurora, de Chapecó (SC). A Fischer, que já tem unidade de processamento de maçã no estado, no município de Videira, adquiriu os equipamentos da fábrica de Pinhalzinho (SC), da Aurora, e está construindo nova fábrica para a produção de suco de laranja. O investimento será de US$ 3,5 milhões. O diretor da Fischer Fraiburgo Agrícola, Arival Pioli, afirma que a produção, de cinco mil toneladas de suco por ano, será exportada para os Estados Unidos (60%) e Europa (40%) para grandes empresas como Nestlé e Tropicana (Pepsi-Cola).

A maior parte dessa matéria-prima - 50 mil toneladas por ano - era até o ano passado industrializada pela unidade da Aurora de Pinhalzinho, que será transformada em uma fábrica de produtos lácteos para operar em 2007. As cinco cooperativas que passam a fornecer laranjas para a Citrosuco são a Cooperalfa, de Chapecó, a Copérdia, de Concórdia, a Cooperitaipu, de Pinhalzinho, a CooperA1, de Palmitos e a Auriverde, de Cunha Porã.Em volume, a safra de laranjas será prejudicada, este ano, com a ocorrência de geadas de setembro passado. As estimativas da Associação Catarinense de Citricultura (Acacitros) são de uma quebra de 30% da produção no oeste catarinense, principal região produtora do estado (75%). O volume, previsto em 70 mil toneladas, cairá para 45 mil toneladas. Já para 2008, com a entrada do grupo Fischer no mercado local, e os incentivos para a produtor, a colheita deverá atingir as 100 mil toneladas, de acordo com a Acacitros.

A safra começará a ser colhida em maio, mas os contratos futuro estão sendo assinados na base de US$ 90,00 a tonelada, posto em Videira. O presidente da Acacitros, Leodir Scheibel, afirma que o preço ficará dentro da média histórica. A produção será coletada pelas cooperativas e entregue na fábrica. Cálculos da Acacitros indicam sobra líquida aos produtores de US$ 65,00. Além da Fischer, a Tecnovin, de Bento Gonçalves (RS) e a Citro Foods, de Frederico Westphalen (RS), também compram laranja em SC.

A saída da Aurora não afetou cadeia produtiva. Os produtores foram benerficiados pelo Arranjo Produtivo Local (APL) de Citricultura do Oeste Catarinense. Uma das inovações é o ingresso do produtor no chamado "mercado justo" criado por países, como a Alemanha, que valorizam as boas práticas sociais e ambientais e pagam preços diferenciados pela laranja produzida por pequenos produtores.

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