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Citrus: como reduzir prejuízos da seca?

Seca castiga regiões da Argentina


Foto: Pixabay

Diante de um contexto caracterizado pelo acentuado déficit hídrico na Argentina, especialistas do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária do país apresentam recomendações para reduzir o impacto da falta de água na colheita e na produtividade de cítrus. Dentre as principais práticas, destacam-se aspectos relacionados ao manejo do solo, controle de plantas daninhas, irrigação e fertirrigação e controle nutricional. 

“Em geral, as frutas cítricas requerem em torno de 1.100 a 1.200 milímetros de água, proporcionadas por chuvas bem distribuídas ao longo do ano”, disse Andrés Ramírez, especialista em citros daquela unidade do INTA, acrescentando: “Atualmente, a região registra um déficit hídrico acentuado em comparação com a média anual. Nos primeiros seis meses de 2020 caíram 359,7 milímetros, quando a média histórica registrada no EEA INTA Bella Vista em 90 anos deveria ser de 728,4 mm nesses seis meses, o que evidencia o acentuado déficit de chuvas e o estresse hídrico que as plantas possuem”. 

Fatores climáticos, como o efeito da Oscilação Sul (ENOS), causam variações sazonais nas chuvas - excessos ou faltas - que impactam a produção. “Anos caracterizados pelo fenômeno La Niña, geram verões com um déficit hídrico acentuado”, disse Ramírez que explicou que esta situação tem um impacto negativo na produtividade, pois coincide com momentos chave para o desenvolvimento e crescimento da fruta e pode afetar diretamente a produção, tanto em quantidade quanto em qualidade das frutas. 

“A capacidade de enfrentar o período de seca depende se a cultura tem ou não equipamentos de irrigação”, disse Ramírez, que destacou a importância de se conhecer a qualidade da água disponível. “Nos lotes que não possuem equipamento de irrigação, a queda na produtividade da colheita fica entre 30 e 50%”, expressou. 

Em qualquer caso, manter o solo coberto com adubos verdes não só ajuda a reduzir a erosão, mas também ajuda a manter a umidade, melhorar a qualidade física, reduzir a compactação e aumentar o teor de matéria orgânica. “Os adubos verdes são um grande aliado porque melhoram a retenção de água, fornecem e reciclam nutrientes, fixam carbono, melhoram a infiltração, captam água e reduzem a evapotranspiração”, explicou Darío Taiariol.  

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