Clima segue instável, com La Niña influenciando precipitações
No Sul, o cenário é de alternância entre estiagem e frentes frias
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As condições climáticas seguem como fator decisivo para o desempenho das lavouras brasileiras neste fim de ano. Segundo dados divulgados pelo Itaú BBA, as chuvas retornaram com maior consistência ao Centro-Norte do país em novembro, mas ainda ocorrem de forma irregular, mantendo o alerta para estresse hídrico em regiões como o Sul do Mato Grosso e Goiás.
O fortalecimento do La Niña tem concentrado as precipitações nas regiões Centro e Norte, favorecendo o plantio e a recuperação das lavouras nessas áreas. Por outro lado, o Sul do Brasil segue com tempo mais seco, especialmente no Rio Grande do Sul, onde o plantio de soja e milho sofre com a falta de umidade, apesar do benefício para culturas de inverno e a semeadura do arroz.
Eventos extremos como ciclones, ventos fortes e granizo também foram registrados entre o fim de novembro e início de dezembro, causando danos pontuais em lavouras. A previsão é de que o La Niña siga até fevereiro de 2026, mas com intensidade fraca e sinais de enfraquecimento no primeiro trimestre do ano.
Para dezembro, o clima deve seguir o padrão clássico do La Niña, com chuvas regulares ou acima da média no Centro-Oeste e Sudeste, beneficiando culturas como soja, milho e café. No Sul, o cenário é de alternância entre estiagem e frentes frias, sem indicação de seca prolongada.
O Itaú BBA destaca que, embora haja melhora na umidade do solo em relação a outubro, ainda existem áreas abaixo do ideal, exigindo monitoramento constante para evitar perdas em fases críticas das lavouras.
Se confirmado o retorno gradual das chuvas, o segundo semestre da safra 2025/26 pode ter um desempenho mais regular, com impactos positivos sobre produtividade e qualidade.