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Com ou sem TEC, Brasil tem de importar 6 milhões de toneladas de trigo

Afirma secretário de Política Agrícola do Mapa



Mesmo sendo contra a isenção da Tarifa Externa Comum (TEC) do trigo, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sereni Paludo, defendeu decisão do governo. Ele confirma que o órgão teve de ceder na última reunião da Camex em função do iminente desabastecimento na Região Nordeste.


“Com ou sem TEC, o Brasil tem de importar de 5 a 6 milhões de toneladas de trigo. Os moinhos do Nordeste, responsáveis pelo consumo de 1,5 milhão de toneladas do produto, estavam com dificuldades com a oferta nacional. Por isso, negociamos a limitação da cota da Tarifa em 1 milhão de toneladas e colocamos o prazo para até 15 de agosto, que não irá coincidir com a colheita da safra deste ano”, explica Paludo.

“Nós, do Ministério da Agricultura, não concordamos com a argumentação do Ministério da Fazenda de que a intenção da TEC também seria coibir possível alta da inflação. O Mapa só trabalha sob duas óticas: garantir a renda para o produtor rural e garantir o abastecimento dos produtos. E é o que estamos fazendo, pois, a partir do dia 16 de agosto, a alíquota da TEC do trigo voltará aos 10%”, afirma.


Ele diz que a maior reclamação vem dos produtores gaúchos, que ainda têm um estoque de 800 mil toneladas para negociar: “O trigo do Sul não tem como atender ao Nordeste. Estávamos adiando a decisão desde abril passado, exatamente para dar tempo de os agricultores do Rio Grande do Sul negociarem o restante daquilo que sobrou da safra anterior, mas isto não ocorreu.”

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