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Combinação de fatores favorece exportação de milho brasileiro no Hemisfério Sul

Estudo divulgado pela Céleres aponta que principais mercados importadores são Oriente Médio, África e Ásia Central


Crescimento populacional, aumento de renda e limitações de produção em todo o mundo criaram oportunidades ímpares para o Brasil no mercado internacional de milho. É o que aponta um estudo da consultoria Céleres, especializada em tendências do agronegócio, divulgado essa semana. Segundo o estudo, com o Brasil já como segundo maior exportador mundial, a América do Sul terá maior relevância nesse cenário, em que despotam como consumidores países de regiões como o Norte da África, Oriente Médio e Ásia Central, além de vizinhos como Colômbia, Venezuela e Chile.

De acordo com a pesquisa, apenas alguns países da América do Norte, América do Sul e da ex-URSS possuem excedentes do cereal. "Esse mapa evidencia que uma parcela importante do globo depende de milho importado para completar a sua necessidade de produção", observa Anderson Galvão, diretor da Céleres e responsável pelo estudo.

Ele explica que, nos últimos anos, como forma de suavizar os riscos de escassez de milho, diversos países investiram na ampliação da produção local do milho, com políticas públicas e privadas de estímulo, com incorporação de novas áreas e tecnologias. São os casos de Filipinas, Tailândia, Indonésia, Índia e outros países da Ásia Central. "Esses países usam estratégias que passam essencialmente por medidas visando à elevação da produtividade média, através da facilitação e estímulo a adoção de novas tecnologias", esclarece Galvão.

Emergentes tendem a importar mais

Considerando a taxa de crescimento global das importações de milho nos últimos dez anos em 2,5%, os países com taxas mais expressivas de crescimento, são exatamente os países do Oriente Médio, Norte da África e Ásia. Segundo informações de organismos como ONU, FAO, Banco Mundial e FMI, são aqueles que possuem as maiores taxas de crescimento populacional e também os que enfrentam certa dificuldade para aumentar a produção local.

O diretor da Céleres indica que o acelerado crescimento econômico dos países emergentes têm impactado a mudança do hábito alimentar, com os consumidores migrando do consumo de grãos in natura para alimentos de maior riqueza nutricional como os produtos lácteos e carnes. "Não por acaso, a maior parte do déficit na relação produção/consumo de milho está concentrado nesses países e, diante das perspectivas futuras, de crescimento da demanda, a pressão sobre o quadro de suprimento em tais mercados só aumentará", completa.

A íntegra do estudo, que também analisa o desempenho das exportações brasileiras nos últimos dez anos, está disponível no website da Céleres (www.celeres.com.br). As informações são da assessoria de imprensa da consultoria Céleres.
 
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