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Como calcular a reposição do rebanho

Especialista ressaltou que planejamento na fazenda torna negócio sustentável


Foto: Marcel Oliveira

Como calcular se é a hora de comprar mais bois? O assunto foi debatido pelo médico-veterinário e analista do mercado do boi gordo, Rodrigo Albuquerque, em uma live promovida pela Connan, na última terça-feira (23). 

Para a tomada de decisão é preciso observar, primeiro, como anda a valorização do mercado de reposição. Desde 2017 o indicador de bezerros está em alta desde a desmama. Segundo Albuquerque é importante analisar a relação de quantas arrobas de boi é preciso para comprar um bezerro. 

O pico histórico dessa relação foi em 2015, quando era preciso 10 arrobas. Hoje a estimativa é de 9,5 arrobas, ou seja, o segundo maior nível. “É fato que subiu, que está aquecida. A realidade é que estamos rifando nossos bezerros do futuro em virtude do alto volume de abate de fêmeas jovens. Esse movimento foi muito grande em 2019, quando assistimos uma disputa da fêmea entre a produção de carne e a reprodução. Estamos assistindo a duas demandas aquecidas, o que gera uma inflação grande nos preços de mercado”, explicou.

O pecuarista deve olhar para o seu negócio e passar a usar melhor os recursos e as tecnologias que já são aplicadas nele. Isso passa por conhecer a gestão produtiva e financeira da propriedade. “Temos que passar a nos dedicar a entender melhor e definir exatamente o dia que o bezerro vai sair da sua fazenda terminado e qual o seu preço de venda. É importante determinar qual a previsão de custo de entrega deste animal”, acrescentou.

Outro ponto importante para a recria é que o pecuarista saiba qual a curva de lotação de cada um dos pastos da fazenda. Sabendo a capacidade o criador pode planejar os 1 meses. 

Albuquerque aconselha desenvolver uma planilha indicando as categorias presentes no rebanho e determinar, para o período de um ano, quantos gramas de ganho de peso os animais devem apresentar mensalmente. “Para isso é importante desenhar um plano anual de nutrição, que indicará como deve ser feito o manejo dos suplementos para que possa chegar ao ganho esperado no tempo determinado”, completou.

Olhando para a gestão financeira, o pecuarista deve ter em mente todos os custos fixos da propriedade (mão de obra, manutenção, administração etc.), que devem ser diluídos pelas cabeças de gado que serão acomodadas na fazenda. “Isso precisa estar claro na cabeça do criador. 
 

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