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Como conviver com a Ferrugem Asiática?

Manejos corretos, monitoramento e vazio sanitário são algumas das indicações


Foto: Arquivo

A doença fúngica mais temida pelos produtores de soja tem nome: Ferrugem Asiática. Os danos podem chegar a 100% caso nenhuma estratégia de controle for adotada.

As primeiras ocorrências no Brasil ocorreram na safra 2001/2002, no Paraná, mesmo ano em que foi identificada pela primeira vez na América do Sul, em lavouras do Paraguai. Como o próprio nome diz é originária da Ásia e se espalhou para diversos países do mundo. O fungo causador, o Phakopsora pachyrhizi, só sobrevive e reproduz em plantas vivas, o que permite ter ampla gama de hospedeiros e ataca mais de 150 espécies de leguminosas, como a soja. Os esporos são como as sementes para as plantas. Eles dão origem a novas infecções, ou seja, germinam e penetram na planta dando origem a doença. A disseminação dos esporos para outros locais ocorre principalmente pelo vento, os levando para longas distâncias.

Ela pode ocorrer e qualquer fase da cultura. O fungo gosta de folhas molhadas e temperaturas entre 8°C e 28°C, sendo mais favorável ainda as temperaturas de 16°C a 28°C. Na temperatura de 25°C, algumas infecções ocorrem quando há no mínimo 6 horas de molhamento foliar, sendo o ótimo de 12 horas. Além do orvalho, as chuvas também favorecem a ocorrência da doença, já que mantêm o tecido foliar úmido.

A Ferrugem Asiática está presente nos Estados produtores e é monitorada pelo Consórcio Antiferrugem, da Embrapa Soja, desde a safra 2004/05. O pico foi registrado na safra 2008/09, quando foram 2884 ocorrências. De lá pra cá algumas estratégias foram controlando a doença e vinham sendo registrados, em média 400 casos. Na safra 2019/20 foram 213 ocorrências e nesta, que está em andamento, são 313 até o momento desta consulta (05/03). 

Essas estratégias contam com o vazio sanitário, lei em alguns Estados onde em determinado período não pode haver nenhuma planta viva de soja na lavoura sob pena de multa. Outras ações têm ajudado e dado bons resultados. Confira no vídeo o que o produtor pode fazer e os cuidados necessários para conviver com a doença:

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