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Como estão os números na produção de café na Colômbia?

Na semana passada, entre 22 e 26/5, o mercado reagiu negativamente ao sentimento de aversão ao risco relacionado ao prazo limite para negociação do teto da dívida nos EUA


Foto: Pixabay

Na semana passada, entre 22 e 26/5, o mercado reagiu negativamente ao sentimento de aversão ao risco relacionado ao prazo limite para negociação do teto da dívida nos Estados Unidos. Atingir esse prazo sem um novo acordo significaria uma redução da classificação de crédito do país, custos de empréstimo mais altos, com efeitos nas demais economias globais.

Em termos de fundamentos, o foco continua na questão de ajustes dos números de 22/23 e estimativas para 23/24. Neste relatório, trazemos as alterações nos números de Colômbia.

Números tanto da safra principal quanto da mitaca ficaram aquém das expectativas iniciais – que já apontavam crescimento limitado para o ciclo. Até abril, a Colômbia registrou produção de 6,19M scs, abaixo da estimativa de 7,10M scs. Com isso, apesar de anos anteriores registrando boa recuperação durante os principais meses da mitaca (14/15, 18/19 e 19/20), produção total deve registrar queda em relação a 21/22.

As áreas de produção da Colômbia têm registrado um aumento da proporção de árvores envelhecidas em relação às áreas com árvores jovens (de maior produtividade). Considerando o potencial de aumento na área, porém, com proporção inalterada das áreas com árvores envelhecidas, a produção total de 23/24 pode ficar limitada a 11,9M scs.

Apesar de aumento nas exportações, Colômbia deve registrar estoques mais apertados em função da redução na produção. Reduzimos nossa estimativa de produção no ciclo 22/23 de 11,94M scs para 11,5M scs, e de 12,32M scs no ciclo 23/24 para 11,95M scs. Aumentamos nossa estimativa de importação, de 1,91M scs para 2,06M scs. Porém, estoques ainda devem registrar uma redução, de 4,76M scs para 4,36M scs, e queda anual em 23/24, para 3,37M scs.

No acumulado do ciclo 22/23, a Colômbia exportou somente 6,2M scs, o menor volume para o período em mais de uma década. Exportações caíram, em média, 18% nos últimos 6 meses, porém, queda dos embarques só veio 3 meses depois da queda nos diferenciais: demanda pesou mais que oferta?

“Esperamos que o balanço global de cafés suaves apresente déficit em 22/23 e 23/24, portanto, embora o movimento recente da demanda possa ter perdido fôlego, a tendência negativa do lado da oferta pesa mais no balanço global no longo prazo”, explica Natália Gandolphi, analista de Café da hEDGEpoint Global Markets.

A análise é da hEDGEpoint Global Markets

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