CI

Como o agro responde aos impactos das transformações digitais?

A 18ª edição contou com mais de 1600 inscritos


Foto: Divulgação

Foi realizado na noite de terça-feira (06.07) o 18º AGRIMARK BRASIL, um evento foi 100% online, transmitido pelo YouTube e reuniu especialistas para debater como o mercado está mudando e utilizando cada vez mais ferramentas e tecnologias que irão beneficiar ainda mais o setor produtivo com soluções digitais e automatizadas no campo. A 18ª edição contou com mais de 1600 inscritos. 

O propósito do AGRIMARK BRASIL foi ressaltar a evolução, a transformação digital e a adoção de soluções tecnológicas nas cadeias produtivas.  Com edição nacional,  o evento está na agenda dos principais líderes e formadores de opinião ligados ao agro nacional, produtores rurais, entidades setoriais, autoridades, pesquisadores, acadêmicos e profissionais do setor, além de reunir empresas que estão criando projetos digitais, influenciadores, investidores, aceleradoras, especialistas em tecnologia e startups que trazem soluções econômicas, escaláveis, tecnológicas, disruptivas e inovadoras em toda a cadeia produtiva do agronegócio.

A abertura oficial foi realizada pela Diretora de Inovação do Ministério da Agricultura, Sibelle de Andrade Silva, que representou a ministra da agricultura, Teresa Cristina, salientou que um dos grandes objetivos do MAPA é levar aos produtores conhecimento, oportunidade de uso de dispositivos e sensores, previsão climática para que eles tenham cada vez mais uma tomada de decisão mais robusta, com dados mais completos, para que a produtividade ganhe com as transformações digitais.

"No nosso agro, 85% dos pequenos e médios produtores já estão usando algum tipo de tecnologia digital para gerenciamento de suas propriedades. E mais, 94% dos produtores rurais têm celulares e, desses, 68% possuem smartphones. Nosso produtor rural demanda tecnologia e está apto para continuar inovando com agricultura digital. E eventos como esse aceleram a difusão de conhecimento e tecnologias para o setor e para toda a sociedade. Nosso trabalho é levar informação para o agronegócio, para que tenhamos uma agropecuária mais inovadora e sustentável", acresentou Sibelle de Andrade Silva.

O primeiro painel teve  como convidado Ronaldo Giorgi, Diretor de Business Development da Syngenta que vai tratar do tema “Empresas e suas estratégias digitais”. Na sequência as “Startups, aceleradoras de inovação” o CEO da Ag Tech Garage, José Tomé e o Diretor de Estratégia da Startup Santos Lab, Bruno Teixeira. A mediação ficou por conta do Diretor Integrador de Marketing & Geração de valor na John Deere, Emanuel Ritter. 

'A conectividade abre espaço para inovação e empreendedorismo. Com acesso a agricultura 5.0 teremos condições de produzir cada vez mais. O Brasil é forte candidato para produzir e atender as necessidades globais na produção de alimentos e a conectividade pode possibilitar que a demanda seja atendida', pontuou Emanuel Ritter.

O Diretor de Business Development da Syngenta, Ronaldo Giorgi, falou sobre “Empresas e suas estratégias digitais”.  'A agricultura digital permite uma agricultura de precisão, permite que saiamos da força bruta para precisar, aplicar o que precisa, onde precisa. Os produtores conseguirem se profissionar ainda mais, ter a sua lavoura na palma de sua mão", salientou Giogi.

Atualmente muito tem se falado sobre os benefícios da digitalização e do uso de tecnologias inovadoras na agricultura. A transformação digital no campo é uma das respostas necessárias para suprir a demanda de alimentos de uma forma sustentável do ponto de vista socioambiental.  O agronegócio está cada vez mais digital, com aporte de novas tecnologias que ajudam a alcançar os números positivos e alia, a isso, a preservação ambiental. Técnicas como plantio direto, irrigação, produtos biológicos, sistemas integrados de produção elevam ganhos na produtividade, sem abrir novas áreas. Enquanto países como Espanha e França usam de 20 a 30% de seu território para a agricultura, o Brasil usa menos de 10%, segundo dados da Embrapa.

O tema “Startups, aceleradoras de inovação” ficou no comando do CEO da Ag Tech Garage, José Tomé e o Diretor de Estratégia da Startup Santos Lab, Bruno Teixeira.

O CEO da Ag Tech Garage, José Tomé, afirmou que há muito tempo os produtores estão muito abertos, eles precisam ter acesso às informações em que eles estão interessados em aprender e evoluir. Precisamos ter este cuidado. 'Hoje nós já percebemos o crescimento de produtores mais jovens tomando decisões. E o jovem quer ser empreendedor. É um movimento fantástico que estamos presenciando', completou.

O Diretor de Estratégia da Startup Santos Lab, Bruno Teixeira, salientou que a tecnologia é o que nos permite interagir com a natureza. "Estamos em um momento importante do agro no Brasil, já vimos uma série de revoluções que a tecnologia trouxe para o setor e a próxima sem dúvida, é a sustentabilidade. Tecnologia é a revolução possível do agro brasileiro', reforçou Teixeira.

O segundo painel ficou está dividido em dois temas. O primeiro foi abordado pelo professor da USP e FGV, Prof. Dr. Marcos Fava Neves, que tratou sobre as “Relações Internacionais: a importância da diplomacia brasileira na expansão das exportações do agronegócio” e teve como discussão principal “A preservação ambiental e o desenvolvimento do agro” com Prof. Dr. Xico Graziano. O painel foi mediado pelo Doutor em agricultura na Embrapa Territorial, Gustavo Spadotti Amaral Castro.
'Estamos em constante movimento, os mercados estão conectados - o que exige conhecimento de diversas fontes para tomada de decisão, seja na safra, a cultivar a escolher e também nos custos. Compreeder os cenários de consumo faz parte de uma estratégia sólida para que o Brasil se torne um dos maiores provedores de alimentos do mundo" , disse Gustavo Spadotti.

O professor Doutor Marcos Fava Neves enfatizou o agradecimento por  ter presenciado todas revoluções no agro. 'Nós vimos o Brasil assumir um papel preponderante nas importações mundiais e nós temos a chance de finalizar a década sendo o primeiro no mundo também nas culturas do milho e algodão.
Fizemos um trabalho muito bem feito e usando uma área pequena do país, hoje são 68 milhões de hectares para grãos de um total de 850 milhões de hectadores do Brasil", completou Fava Neves.

O Prof. Dr. Xico Graziano finalizou o evento e afirmou que sustentabilidade não é mais assunto apenas de ecologista. 'Sustentabilidade é business,  é uma agenda que está crescendo, basta entrar nos supermercados', argumentou.

O 18º AGRIMARK BRASIL AGRO VIRTUAL é promovido pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA) e pelo PORTAL AGROLINK, uma das principais plataformas de conteúdo agro do país. O evento contou com o patrocínio da Syngenta, John Deere, Banco do Brasil, com o apoio da ABMR&A, ABRALEITE,AGKEAD, Canal Doutor Agro, Editora Gazeta, Peixe BR, SINDAG, SAFRAS & MERCADO, AGROMULHER.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.