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Como triticultor reduziu os efeitos da geada

Produtor aplicou 200 kg de sulfato de cálcio granulado na linha ao plantar nabo como cobertura


Foto: Marcel Oliveira

A geada ocorrida em agosto trouxe danos em algumas lavouras de inverno, no Rio Grande do Sul, incluindo a região noroeste, que concentra parte expressiva da área cultivada de trigo no estado.

Mas essa não foi a realidade de todos os produtores. No caso da lavoura do produtor Ezequiel Venicio Bordignon, no município de Nova Ramada, noroeste do RS, a lavoura de trigo está em pleno desenvolvimento, mesmo com a ocorrência de geada durante o inverno. O produtor utilizou sulfato de cálcio granulado, na forma do produto SulfaCal, aplicando 200 kg do produto na linha ao plantar nabo como cobertura, antes da semeadura do trigo.

“Agora a lavoura de trigo está espetacular até o momento, mesmo com as geadas do inverno, praticamente não houve prejuízos”, relata Ezequiel.  

Cultura de inverno, o trigo é semeado na entressafra da soja, com a produção brasileira concentrada no Centro-Sul, principalmente nos estados do Paraná e Rio Grande do Sul.  
Um dos cereais mais cultivados e consumidos no mundo, o trigo também é uma das principais culturas de inverno no país, apesar de sua produção nacional ainda ser insuficiente para atender o mercado interno, dependendo de importações de países como a Argentina. Atualmente, o Rio Grande do Sul ocupa a segunda posição na produção nacional do cereal, atrás do Paraná.
Trata-se de uma cultura altamente suscetível às oscilações de tempo e clima, e as quantidades produzidas anualmente sofrem variações consideráveis. Por isso, a importância do preparo do solo no inverno vai refletir não só na cultura em questão, mas trará resultados nas principais safras de verão, como o milho e a soja.

Embora o trigo seja uma planta adaptável a diferentes tipos de solo, necessita de um terreno com fertilidade média e que não seja muito ácido ou mal drenado, isso para desenvolver todo seu potencial produtivo. Para isso, muitos produtores estão investindo nos cuidados com o solo através do sulfato de cálcio, para descompactar o solo e combater o alumínio tóxico.

“Entre os principais desafios enfrentados nas lavouras, o combate ao alumínio tóxico é primordial, visto que afeta negativamente as culturas. Para combater esse vilão e propiciar uma correta construção de fertilidade do solo, o cálcio e o enxofre se destacam como nutrientes essenciais”, afirma o engenheiro agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva.

É importante adubar a cultura de inverno para que a palhada fique adubada para mais a frente cultivar a soja, onde é utilizado o sistema de plantio direto com rotação de cultura, como explica Silva e Silva, que também é gerente comercial da SulGesso, empresa referência no fornecimento de fertilizantes minerais no Sul do Brasil. “É no inverno que se prepara a lavoura para a cultura de grãos no verão. No caso do plantio direto, Eduardo explica que o sulfato de cálcio granulado entra como protagonista, fundamental na adubação de sistema, ou seja, uma parte da adubação no inverno e o resto no verão. O ideal é investir na adubação e nutrição do solo, 70% no inverno e 30% no verão”, enfatiza o especialista.

A utilização de produtos à base de enxofre e cálcio em áreas agrícolas é muito recomendada para o aumento de fertilidade e construção de perfil de solo, criando ambiente favorável ao desenvolvimento de raízes em profundidade e assim amenizando perdas de produtividade por falta de chuvas, o que é muito comum em algumas regiões do estado.
 
 
 

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