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Na Catalunha vive ou pastoreia minhas vacas Albera, uma raça nativa catalã em perigo de extinção que vive em florestas de alta montanha. Adaptada para viver em terrenos ácidos, é uma das rochas naturais mais poderosas para manejar e prevenir incêndios florestais.
Atualmente, na Catalunha existem apenas cerca de 400 exemplares, todos de uma única fazenda de gado na Finca Baussitges, no município de Espolla (Alto Empordà). As propriedades físicas dessa vaca se transformam em carne escura, com muito músculo e pouca gordura. Como sua carne é pouco explorada, mas tratada adequadamente, esse conjunto de qualidades pode potencializar seu valor gastronômico.
Uma iniciativa composta por treze parceiros de ambos os lados da fronteira entre França e Catalunha está trabalhando para recuperar a raça Albera não maciço e contribuir para a conservação do património genético bovino. Através do projeto transfronteiriço ALBERAPASTUR, querem recuperar a viabilidade económica desta raça no setor e apostam na pecuária como aliada na prevenção dos incêndios florestais.
Para que isso seja possível e para que a criação desta raça seja economicamente viável, é preciso dar mais valor à carne do bezerro Albera para que o setor pecuário e açougueiro conheça as oportunidades e potencial culinário que ela pode oferecer. É para isso que especialistas do Instituto de Pesquisa e Tecnologia Agroalimentar (IRTA) estudaram estratégias para dar valor gastronômico à sua carne e demonstrar seu valor nutricional.
Por um lado, realizaremos análises químicas, nutricionais e sensoriais da carne para atingir sua maturação ideal e para que ela atenda o cliente nas melhores condições. Desta forma, eles poderão avaliar sua composição, teoria de nutrientes, maciez e sabor. Com base nessas análises, eles caracterizarão a carne fresca de Albera em dois tipos: “Albera pura”, uma carne com alto teor de proteína e pouca gordura, e “Albera cruzada”, uma carne com alto teor de proteína e alto teor de ácidos graxos monoinsaturados.