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Consultoria: Alta do milho ganha força

No mercado internacional, a tendência de alta é sustentada por exportações


No mercado internacional, a tendência de alta é sustentada por exportações No mercado internacional, a tendência de alta é sustentada por exportações - Foto: Canva

O mercado de milho vive um momento de valorização tanto no cenário internacional quanto no Brasil, impulsionado principalmente pela força da demanda e por ajustes nas expectativas de oferta. Segundo análise da TF Agroeconômica, o viés atual é claramente positivo para os preços, apesar de fatores que podem atuar como limite no médio prazo.

No mercado internacional, a tendência de alta é sustentada por exportações recordes dos Estados Unidos e estoques mais apertados. O Departamento de Agricultura dos EUA elevou a projeção de exportações da safra 2025/26 para 81,28 milhões de toneladas, o maior volume da história, reforçando a competitividade do milho americano. As vendas semanais também surpreenderam, com 2,38 milhões de toneladas negociadas em meados de novembro, acima das estimativas do setor privado, além de novos negócios confirmados para destinos não revelados. 

Esse ritmo consistente de demanda tem dado suporte às cotações na Bolsa de Chicago, onde os contratos se aproximaram de US$ 4,40 por bushel, patamar não visto desde junho. A demanda adicional do setor de etanol, que registrou níveis semanais recordes de produção, também contribui para absorver mais milho.

No Brasil, o movimento altista é impulsionado pela demanda interna aquecida, retração dos vendedores e riscos relacionados à safrinha. Os preços no mercado físico se aproximam de R$ 70 por saca, enquanto os contratos na B3 chegaram a R$ 76. Indústrias e exportadores seguem ativos, ao mesmo tempo em que produtores reduzem a oferta imediata. A preocupação com atrasos na janela de plantio da segunda safra aumenta a percepção de menor disponibilidade futura, sustentando as cotações no curto prazo.

Como contraponto, a oferta aparece como principal fator de equilíbrio. A Conab revisou a produção brasileira para 138,88 milhões de toneladas, acima da estimativa do USDA, além de manter projeção mais elevada para as exportações. Esse volume maior pode limitar a valorização internacional no médio prazo, mas, no momento, o mercado reage mais à força das exportações americanas e à demanda interna brasileira.
 

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