Consultoria aponta ajustes e leve alta nos mercados de grãos
Na soja, o mercado segue atento aos sinais de demanda
Na soja, o mercado segue atento aos sinais de demanda - Foto: United Soybean Board
Os mercados agrícolas iniciam o dia acompanhando ajustes pontuais nos preços e a influência de fatores externos, enquanto o avanço da colheita e os sinais de demanda mantêm a atenção dos agentes. No trigo, a TF Agroeconômica relata leve alta nos contratos dos Estados Unidos, sustentada pela continuidade das compras especulativas e pelo aumento das tensões no Mar Negro, que volta a gerar dúvidas sobre a logística de exportação na região.
O vencimento de dezembro de 2025 em Chicago voltou a testar a resistência de 5,50 dólares por bushel, enquanto circulam rumores sobre possível interesse da China. No Brasil, a Conab indica que a colheita alcançou 73,7% da área, avanço sobre a semana anterior, mas abaixo do ritmo registrado no ano passado e próximo da média histórica.
Na soja, o mercado segue atento aos sinais de demanda. Segundo a consultoria, as dúvidas sobre o acordo comercial entre Estados Unidos e China pressionaram os preços no fim da semana passada, mas novas indicações de compra reacenderam o movimento positivo. Após leve ajuste de baixa na véspera, os contratos voltam a operar em alta, apoiados pelos quase 30 pontos de valorização observados na sessão anterior e pelos embarques confirmados para o mercado chinês. O vencimento de janeiro de 2026 atingiu máxima de vários meses, impulsionado pelo ritmo forte de moagem nos Estados Unidos. Dados de entidade do setor mostram que o volume processado chegou a 6,2 milhões de toneladas, recorde mensal.
O milho mantém tendência firme. A consultoria aponta que os contratos de Chicago seguem em um canal ascendente de curto prazo, reforçados pelo relatório positivo de inspeção dos embarques norte-americanos. As exportações avançam no ritmo esperado em uma temporada que deve registrar produção inédita no país. Após o fechamento, órgão oficial informou que a colheita atingiu 91% da área, abaixo do índice do ano passado, mas próximo da média para o período.