Consultoria prevê queda de 0,4% na moagem de cana-de-açúcar
Volume se posiciona 29,6% abaixo da média de 10 anos
Agrolink
- Aline Merladete
Foto: Marcel Oliveira
As condições climáticas no cinturão canavieiro brasileiro continuaram sob os holofotes do mercado. No acumulado de junho e julho de 2020, as precipitações na região analisada totalizaram 46,3 mm, apresentando alta de 16,4% frente ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, esse volume se posiciona 29,6% abaixo da média de 10 anos.
De modo geral, em muitas das principais regiões produtoras do Centro-Sul, a menor umidade ante à normalidade continuou pesando sobre as perspectivas de produtividade dos canaviais que serão colhidos no fim da temporada atual.
De acordo com informações do relatório de estimativa da StoneX, a projeção foi revisada para baixo, para 595,3 milhões de toneladas, volume que apresenta queda de 0,4% no comparativo com a estimativa anterior, mas ainda assim, supera em 0,8% o patamar observado em 2019/20.
O ATR médio, em sentido contrário à moagem, foi revisado para cima, uma vez que a qualidade das lavouras colhidas tem conseguido se sustentar em meio à menor umidade registrada no cinturão canavieiro brasileiro. Por isso, nós da StoneX Brasil estimamos que a concentração de açúcares na cana suba para 139,5 kg/t, valor que se posiciona 0,3 kg/t acima da última publicação e supera 2019/20 em 0,6%. Com isso, o ATR total – ou a disponibilidade de matéria-prima que é direcionada para a indústria – atingiu 83,0 milhões de toneladas, uma diminuição de aproximadamente 0,2% no comparativo com a estimativa anterior, publicada no início de junho. Ainda assim, a oferta de açúcares redutores totais em 2020/21 deve superar o nível observado em 2019/2020 em 1,5%.