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Contratação futura de soja brasileira deve desacelerar

“Muitos agricultores já contrataram a produção de soja 2020/21"


Foto: Pixabay

Até o início do segundo semestre de 2020, os agricultores brasileiros provavelmente venderão 90% de sua produção de soja 2019/20 e 35% a 40% de sua produção prevista de soja 2020/21, segundo afirmou Michael Cordonnier, da Soybean & Corn Advisor, Inc.. “Alguns agricultores do Mato Grosso têm sido ainda mais agressivos, já vendendo até 75% da produção prevista para 2020/21. Isso se compara a cerca de 12% a prazo contratado no momento no ano passado e cerca de 8% em média”, afirmou. 

“O motivo da venda agressiva foi o alto preço da soja no mercado interno devido à desvalorização da moeda brasileira, especialmente durante a primeira quinzena de maio. A certa altura, a moeda brasileira estava sendo negociada a 5,85 por dólar e os preços da soja no mercado interno chegavam a R$ 112,00 por saco”, completou. 

Desde então, ele afirma que a moeda brasileira se fortaleceu um pouco e está sendo negociada na faixa de 5,20 por dólar. “Os preços domésticos da soja diminuíram um pouco e, como resultado, a venda dos agricultores também diminuiu. Os agricultores brasileiros também estão muito bem capitalizados depois de uma temporada de crescimento 2019/20 muito bem-sucedida em sua maior parte. A maioria dos agricultores depositou lucros recordes em 2019/20, com exceção dos agricultores do estado do Rio Grande do Sul que sofreram uma seca severa e baixos rendimentos em 2019/20”, indicou. 

“Muitos agricultores já contrataram a produção de soja 2020/21 o suficiente para cobrir seus custos de produção para o próximo ano, então provavelmente não terão pressa em vender muito mais da produção prevista, a menos que os preços subam novamente. Há muitas incertezas para os agricultores brasileiros no futuro, incluindo: o Brasil está no meio de uma pandemia de Covid-19, uma taxa de câmbio altamente volátil, incertezas climáticas em torno da estação de crescimento dos EUA, disputa comercial contínua entre os Estados Unidos e China, e potencial suprimento apertado de soja no Brasil quando a colheita 2020/21 começar em janeiro próximo”, concluiu. 

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