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Controle integrado: estrategia do INTA contra carrapato bovino

INTA sugere controle integrado para combater a garrapata bovina


Foto: Pixabay

Diante de um contexto em que a eficiência produtiva e a sanidade animal são determinantes para a competitividade do setor, os especialistas do INTA Colonia Benítez – Chaco – propõem o controle integrado, que combina o manejo sanitário, ambiental e genético. Trata-se de uma ferramenta eficaz para proteger a saúde dos rebanhos e aumentar a produção de carne no norte da Argentina.

Para reduzir perdas, aumentar a produção e fortalecer a competitividade, os especialistas do INTA sugerem integrar esses três tipos de manejo. Uma pesquisa recente do INTA Colonia Benítez (Chaco) confirmou a eficácia dessa estratégia, que permite ganhos de peso entre 18 e 42 quilos de carne por animal ao ano. Este trabalho será um dos temas apresentados na 2ª Jornada Pecuária, que acontecerá em Chaco no dia 15 de outubro.

Segundo explicou Victoria Rossner, pesquisadora do INTA Colonia Benítez, “o carrapato é um parasita que representa uma grande limitação à produtividade pecuária em regiões tropicais e subtropicais do mundo, causando severas perdas econômicas no país”.

Ela detalhou que essa parasitose ocorre em áreas ao norte do paralelo 31, onde as condições de clima quente e úmido são ideais para seu desenvolvimento. O impacto direto na pecuária, segundo Rossner, “se traduz em menor ganho de peso, desvalorização do couro devido a lesões e miíases, além da transmissão de doenças”.

Para enfrentar o problema, o INTA propõe um manejo integrado que combina diferentes técnicas, reduzindo a dependência exclusiva de produtos químicos e retardando a resistência dos carrapatos aos acaricidas.

O controle integrado foi avaliado com resultados promissores: “Em estudos com bovinos em crescimento, de 12 a 24 meses, a diferença de peso ao aplicar protocolos de controle dessa parasitose pode variar de 18 a 42 quilos de peso vivo por ano”, afirmou Rossner, destacando o impacto positivo da combinação simultânea de duas ou mais técnicas — sendo que pelo menos uma delas não deve ser química.

De acordo com a pesquisadora, existem três ferramentas com eficácia comprovada:

O uso estratégico de acaricidas químicos, aplicados em momentos-chave conforme o ciclo de vida do parasita;

A rotação e o descanso de pastagens, que interrompem a presença de larvas no ambiente;

E o uso de biotipos bovinos resistentes, que naturalmente limitam a infestação.

“Os esquemas de controle estratégico fazem parte de um programa de médio e longo prazo, concentrando um número mínimo de tratamentos em épocas específicas do ano — como na saída do inverno — para alcançar um efeito duradouro sobre as populações de carrapatos”, detalhou Rossner.

Ela também observou que pequenas variações climáticas afetam microorganismos, vetores, reservatórios e até seres humanos, podendo alterar a distribuição e incidência de várias doenças infecciosas, somando-se ainda às mudanças no uso do solo.

Por fim, a pesquisadora destacou que a implementação dessas práticas requer orientação técnica especializada. “Os produtores devem se manter atualizados e consultar veterinários com conhecimento tecnológico para orientá-los no manejo integrado”, recomendou.

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