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Controle do greening exige o plantio de mudas sadias, diz especialista

Inseticida consegue eliminar desde os ovos até a fase adulta do psilídeo


Foto: Fundecitrus

Também chamado de huanglongbing (HBL), o greening, é uma doença de difícil controle. Hoje, a produção de citros na Ásia e na África é severamente afetada por esta doença.  O agente causal é uma bactéria com crescimento limitado ao floema (vasos que distribuem a seiva elaborada), chamada provisoriamente Candidatus Liberibacter spp. Antes da constatação no Brasil, existiam duas formas de bactérias causadoras do greening: Candidatus Liberibacter africanus, associado à forma africana da doença, e Candidatus Liberibacter asiaticus associada à forma asiática.

A doença é caracterizada por provocar desfolha, seca e morte de ramos. Os frutos apresentam maturação irregular, redução do tamanho, deformação e queda intensa. Não existe variedade comercial de copa ou porta-enxerto imune. A bactéria se espalha por toda a planta a partir do ramo afetado, sendo que, quando os sintomas aparecem nas extremidades da copa, a bactéria já pode estar alojada bem abaixo no tronco, impedindo a distribuição da seiva.

Considerada a pior doença dos citros no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida disseminação e por ser altamente destrutiva aos pomares. Para isso, o Portal Agrolink conversou com Marcos Vilhena, Gerente de Produtos Inseticidas da IHARA para esclarecer ainda mais a doença e formas de controlar.

Portal Agrolink -Quais são os principais danos causados pelo greening?

Marcos Vilhena - O greening é considerada a pior doença dos citros no mundo, em função da dificuldade de controle, da rápida disseminação e por ser altamente destrutiva aos pomares. As árvores novas afetadas não chegam a produzir e as adultas em produção sofrem uma grande queda prematura de frutos e definham ao longo do tempo.

Portal Agrolink  - Como o produtor precisa iniciar os cuidados?

Marcos Vilhena - O controle do greening exige o plantio de mudas sadias, a eliminação das plantas doentes e o controle do psilídeo. Para o controle do vetor da doença, é necessário a utilização de um inseticida que seja capaz de agir contra ovos, ninfas e adultos do psilídeo. Conseguindo eliminá-lo em suas fases iniciais, há uma diminuição da população e um risco menor da propagação do greening na lavoura.

Portal Agrolink - Quais são as tecnologias da IHARA disponíveis para controle do greening?

Marcos Vilhena -  Entre as opções disponíveis no mercado para controle da doença, uma das mais indicadas é o inseticida Privilege. Com duplo mecanismo de ação, ele é o único que consegue eliminar desde os ovos até a fase adulta do psilídeo. Sua atuação sistêmica faz com que percorra a planta, atingindo o inseto quando ele suga a seiva. Já sua característica translaminar, permite que alcance a parte de baixo das folhas, chegando até o local onde estão depositados os ovos, evitando que se desenvolvam.

Além do Privilege, outra ferramenta da IHARA é o Safety, um inseticida com baixo período de carência e eficaz não só contra o manejo de psilídeos, como também com excelente ação em bicho furão e mosca das frutas. 

Portal Agrolink - Qual é a principal recomendação ao usar as tecnologias para controlar?

Marcos Vilhena - Todos os produtores, independentemente do tamanho, precisam acompanhar de perto as lavouras, atentos a qualquer sinal do inseto ou da doença. Para aplicação correta dos defensivos, é necessário fazer a inspeção dos talhões de laranja periodicamente para utilizá-lo assim que encontrar ninfas ou adultos do psilídio no campo.

Portal Agrolink - Quais foram os principais resultados já alcançados com as tecnologias da IHARA?

Marcos Vilhena - Em estudos recentes realizados pela Farmatac, o Privilege, na dose de 5 mL/100L de água, apresentou eficácia de controle de 88% aos 2 dias após a aplicação, enquanto que o padrão utilizado (clorantraniliprole + abamectina), apresentou 53% de eficácia. Na avaliação até 9 dias após a aplicação, o Privilege manteve boa eficácia de controle, mostrando-se 26,5% superior ao padrão (clorantraniliprole + abamectina).

Saiba mais informações sobre os inseticidas no Agrolinkfito: acesse aqui.

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