Cota de inundação do Guaíba passa a ser 3,6 metros
Novas referências foram estabelecidas por técnicos do DRHS/Sema
O governo do Estado do Rio Grande do Sul atualizou, nesta terça-feira (28/5), a cota de inundação na estação telemétrica emergencial instalada na Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. No novo ponto de medição do nível do Lago Guaíba, ativo desde 3 de maio, a cota de alerta foi estabelecida em 3,15 metros e a cota de inundação em 3,60 metros. Os dados atualizados já estão disponíveis no site da Agência Nacional de Águas e Saneamento, conforme informações da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema).
As cotas da estação telemétrica original, instalada no Cais Mauá desde 2014, permanecem as mesmas: 2,55 metros para alerta e 3 metros para inundação. A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, esclarece que a diferença nos níveis de referência se deve à localização distinta das estações ao longo da orla e aos diferentes relevos. "Não há alteração na medição do nível do lago, visto que o nível do Guaíba só muda com o aumento da afluência de vazões ou com represamento do escoamento", explicou Kauffmann.
As novas referências foram estabelecidas por técnicos do Departamento de Recursos Hídricos e Saneamento da Sema (DRHS/Sema) e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS). A avaliação ocorreu após uma vistoria no Cais Mauá, realizada no sábado (25/5), com o acompanhamento do Serviço Geológico Brasileiro (SGB). A intenção é manter ambas as estações telemétricas para ampliar a capacidade de monitoramento do Estado.
A prática de estabelecer diferentes cotas de inundação para diversos pontos é comum na medição de níveis de rios. Durante a enchente de 1941, por exemplo, foram registrados cinco picos distintos do nível do Lago Guaíba, conforme várias fontes bibliográficas. Manter múltiplas estações telemétricas visa aprimorar a precisão do monitoramento e garantir a segurança da população, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura.