Cotação internacional favorece exportações de algodão
Escoamento externo tornou-se essencial para equilibrar o mercado
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As exportações brasileiras de algodão seguem em ritmo acelerado e já superam, em menos de 11 meses, o volume total embarcado em praticamente todos os anos anteriores. Segundo dados do boletim informativo do Cepea, o desempenho de outubro foi o melhor da série histórica para o mês e o segundo maior de 2025, ficando atrás apenas de janeiro.
O cenário é resultado direto da combinação entre o avanço no beneficiamento, o escoamento de um amplo excedente interno e, principalmente, os preços mais atrativos no mercado internacional em comparação ao mercado spot nacional. Essa conjuntura tem favorecido a competitividade do algodão brasileiro no exterior, ampliando a demanda por embarques.
De acordo com o boletim, até a primeira semana de novembro, o Brasil já havia exportado 2,326 milhões de toneladas de algodão. O volume supera os totais registrados em todos os anos anteriores, com exceção de 2024, quando o país exportou 2,77 milhões de toneladas ao longo dos 12 meses — dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Os pesquisadores do Cepea avaliam que, mantido o ritmo intenso dos embarques diários observados em novembro, há grande chance de o Brasil ultrapassar o recorde de 2024. Isso posicionaria 2025 como o novo ano de maior volume exportado de algodão da história nacional.
Desempenho chama atenção especialmente pela capacidade do setor em reagir à dinâmica global. Com a produção interna elevada e os preços domésticos menos competitivos, o escoamento externo tornou-se essencial para equilibrar o mercado. O movimento também reforça a importância do algodão brasileiro no cenário internacional, consolidando o país entre os principais exportadores mundiais da fibra.