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Cotações de soja cederam em Chicago

No Brasil, o câmbio estabilizou em torno de R$ 4,20 por dólar, após seguidas intervenções do Banco Central brasileiro


As cotações da soja em Chicago cederam um pouco durante parte desta primeira semana de dezembro. O bushel da oleaginosa, para o primeiro mês cotado, atingiu a US$ 8,70 no dia 02/12, porém, se recuperou posteriormente e fechou o dia 05/12 (quinta-feira) em US$ 8,84, contra US$ 8,82 uma semana antes. A média de novembro ficou em US$ 9,06/bushel, contra US$ 8,77 em novembro de 2018, e US$ 9,25 em outubro passado.

Há muitas incertezas quanto ao acordo a ser assinado entre EUA e China visando encaminhar uma solução para o litígio comercial entre os dois países. No início da semana, mesmo com a China se mostrando favorável à assinatura do acordo relativo a chamada Fase Um, o presidente dos EUA afirmou que não assinaria um acordo qualquer, reiterando que o mesmo tem que ser bom aos EUA. Ao mesmo tempo declarou apoio às manifestações de parte da população de Hong Kong contra Pequim. Neste contexto, muitos analistas passaram a considerar distante a possibilidade de ocorrer a dita assinatura, especialmente porque Donald Trump informou que não haveria problema em esperar passar as eleições presidenciais nos EUA, em novembro de 2020.

Após tudo isso, no final da semana circulou a notícia de que os dois países assinariam a Fase Um do acordo antes do prazo tarifário do dia 15/12. De fato, segundo ameaças estadunidenses, caso o acordo não seja assinado até esta data novas tarifas serão aplicadas sobre os produtos chineses.

Esta notícia, somada a elevação no preço do petróleo, reverteu um pouco o processo de baixa que ocorria em Chicago. Mas, por enquanto, o bushel continua em níveis que não eram vistos desde a segunda semana de setembro.

Dito isso, a colheita da soja nos EUA, até o dia 1º de dezembro, atingia a 96% da área, contra 99% na média histórica para esta data.

Já as exportações líquidas de soja por parte dos EUA atingiram a 1,66 milhão de toneladas na semana encerrada em 21/11, representando um incremento de 25% sobre a média das quatro semanas anteriores. Apesar do litígio comercial, a China liderou as compras, atingindo 831.200 toneladas. As compras totais superaram o esperado pelo mercado. Já as inspeções de exportação chegaram a 1,5 milhão de toneladas, acumulando no atual ano comercial um total de 15,9 milhões, contra 13,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano anterior.

Na Argentina, o plantio da oleaginosa atingia a 39% da área esperada, no início desta semana, estando levemente atrasado. Espera-se uma área total semeada de 17,7 milhões de hectares no vizinho país, com incremento de 300.000 hectares em relação ao ano passado.

No Brasil, o câmbio estabilizou em torno de R$ 4,20 por dólar, após seguidas intervenções do Banco Central brasileiro. Ao mesmo tempo, os prêmios nos portos nacionais giraram entre US$ 0,85 e US$ 1,15/bushel. Com isso, e diante de um Chicago um pouco mais fraco, os preços internos recuaram na semana. 

O balcão gaúcho fechou a semana na média de R$ 79,22/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 84,00 e R$ 84,50/saco. Nas demais praças nacionais os lotes de soja ficaram cotados entre R$ 76,00 em Sorriso (MT) e R$ 85,00 em Campos Novos (SC), passando por R$ 84,00 no centro e norte do Paraná; R$ 80,00 em São Gabriel (MS); R$ 80,50 em Goiatuba (GO); R$ 77,00 em Uruçuí (PI); e R$ 75,00/saco em Pedro Afonso (TO).

Enfim, o plantio da nova safra brasileira de soja atingia a 84% da área em 29/11, contra a média histórica de 88% para esta época do ano. O Rio Grande do Sul havia semeado 73%, estando dentro da média; o Paraná 99%, estando avançado em relação aos 97% da média; Mato Grosso igualmente atingia a 99%, estando praticamente dentro da média; enquanto Goiás se mostrava um pouco mais atrasado com 85% semeado, contra 94% na média. Em relação aos demais Estados produtores, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Bahia apresentavam atraso no plantio da nova safra. 

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