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Cotações do milho em Chicago recuaram um pouco

Na Argentina, a tonelada FOB fechou a semana cotada em US$ 161,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 115,00


As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco nesta semana, com o fechamento do dia 21/11, véspera de feriado nos EUA, ficando em US$ 3,61/bushel para o primeiro mês cotado, contra US$ 3,67 uma semana antes.

Chicago continua pressionado pela colheita nos EUA, a qual chegou a 90% da área no dia 18/11. Ao mesmo tempo, as exportações do cereal estadunidense não deslancham, tendo ficado em 892.500 toneladas na semana anterior e 797.500 toneladas na última semana. Tais números decepcionaram o mercado!

Ao mesmo tempo, as idas e vindas do litígio comercial entre EUA e China atingem pouco o mercado do milho, pois o país asiático não é importador do cereal. Mesmo assim, caso haja um desfecho positivo das mesmas até o final do ano, a repercussão favorável na soja deverá respingar no mercado do milho e do trigo.

Por enquanto, na América do Sul o clima transcorre bem para a safra de verão local, não deixando margens para especulações altistas, embora haja, em alguns momentos, excesso de chuvas na Argentina e tendência de uma área um pouco menor a ser semeada no Brasil.

Nas atuais condições de mercado, com a proximidade das festas de final de ano, quando o mercado praticamente para por duas semanas, sem problemas climáticos na América do Sul, apenas um empuxe maior nas exportações estadunidenses de milho poderá fazer com que o cereal tenha suas cotações melhoradas em Chicago (salvo a ocorrência de uma acordo comercial entre EUA e China neste meio tempo).

Na Argentina, a tonelada FOB fechou a semana cotada em US$ 161,00, enquanto no Paraguai a mesma ficou em US$ 115,00.

No Brasil, os preços estabilizaram, porém, já existindo um viés de alta em muitas regiões, especialmente no centro do país. Obviamente, muita coisa irá depender do clima sobre a atual safra de verão, porém, neste momento o mercado parece estar recuperando os valores do cereal após um período de recuo entre outubro e início de novembro.

Assim, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 34,65/saco, enquanto os lotes ficaram entre R$ 37,50 e R$ 38,00/saco. Nas demais praças nacionais, os lotes oscilaram entre R$ 18,50/saco em Sorriso e Campo Novo do Parecis (MT) e R$ 38,50/saco em Videira e Concórdia (SC). Vale destacar que um ano atrás, nesta época, o balcão gaúcho esteve cotado na média de R$ 26,25/saco. Portanto, neste momento o saco de milho gaúcho ainda está valendo R$ 8,40 acima do que valia um ano atrás.

Dito isso, continua havendo pouco interesse de venda de milho na região de São Paulo, com os produtores segurando o que resta da safrinha. Ao mesmo tempo, as novas regras de frete elevam o preço do transporte, enquanto as exportações dão sinais de boa melhoria. Neste último caso, para novembro há previsão de vendas externas de milho ao redor de 4,4 milhões de toneladas. Em se confirmando, será o maior volume mensal do ano. A expectativa de uma maior valorização do Real após as eleições, por enquanto, não está se confirmando devido as dúvidas quanto a capacidade do governo eleito dar conta dos ajustes necessários na economia. O mercado financeiro, muito imediatista, já está cobrando a conta mesmo antes da posse do novo governo. Aliás, se este não der sinais claros de firmeza na busca do ajuste fiscal, já ao final dos três primeiros meses de 2019 poderemos ter pressões importantes no câmbio, nos preços e mesmo nos juros.

Nestas condições, o mercado julga difícil novas baixas de preço até janeiro, quando começa a entrar a nova safra de verão de milho, salvo se os produtores paulistas retomarem as vendas com maior agressividade.

A semana terminou com indicativos de preços, para a safrinha 2019, ao redor de R$ 35,50 a R$ 36,00/saco no porto de Santos. Por sua vez, o referencial Campinas na atualidade já está entre R$ 38,50 a R$ 39,00/saco no CIF. 

Afora isso, a comercialização da safrinha chegou a 70% do volume colhido em meados de novembro, contra 61% no mesmo período do ano passado. Por sua vez, o Brasil espera uma safra total de milho em 2018/19 ao redor de 94,2 milhões de toneladas, contra 80 milhões em 2017/18 e 107,9 milhões em 2016/17. Obviamente, isso se o clima auxiliar.

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