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Cotações do milho recuaram

Mercado do milho nos EUA está ligado diretamente ao comportamento climático neste momento


As cotações do milho em Chicago recuaram um pouco durante esta semana mais curta (feriado nos EUA no dia 28 e feriado no Brasil no dia 31/05), com o bushel fechando a quinta-feira (31) em US$ 3,94, contra US$ 4,04 uma semana antes.

O mercado do milho nos EUA está ligado diretamente ao comportamento climático neste momento. Afinal, o plantio se aproxima do fim e os próximos 45 dias se tornam críticos para o desenvolvimento do cereal nas lavouras locais, pois marca o momento da floração e polinização das plantas. Ao mesmo tempo, o clima na safrinha brasileira igualmente vem pesando sobre o mercado, diante da quebra consistente que começa a surgir nas lavouras locais.

Quanto ao plantio nos EUA, até o dia 27/05 o mesmo atingia a 92% da área semeada, ficando um pouco acima da média histórica para a época, que é de 90%. Quanto às condições das lavouras plantadas, até a mesma data 79% estavam entre boas a excelentes, 18% regulares e 3% entre ruins a muito ruins.

Por sua vez, as exportações líquidas de milho pelos EUA atingiram a 854.300 toneladas na semana encerrada em 17/05, ficando 3% acima da média das quatro semanas anteriores. Já as inspeções de exportação somaram 1,7 milhão de toneladas na semana encerrada em 24/05, acumulando um total de 38 milhões de toneladas no atual ano comercial 2017/18, cujo encerramento se dará em 31/08, contra 43,1 milhões no mesmo período do ano anterior.

Na Argentina e no Paraguai a tonelada FOB de milho fechou a semana na média de US$ 187,00 e US$ 185,00 respectivamente.

Aqui no Brasil, os preços do milho se mantiveram firmes, porém, com o mercado fortemente atingido pela greve dos caminhoneiros. A média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 35,55/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 42,50/saco no Noroeste do RS. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 24,00/saco em Sorriso (MT) e R$ 43,00/saco em Videira (SC). Na Sorocabana paulista o saco superou os R$ 43,00, enquanto o referencial Campinas ficou entre R$ 46,00 e R$ 47,00/saco no CIF disponível. No porto de Santos os preços avançaram para R$ 41,00 e R$ 41,50/saco, igualmente puxados pela nova desvalorização do Real na semana.

O mercado nacional do milho esteve pressionado pela falta de transporte, a qual motivou perdas importantes no setor suinícola e avícola. Tais perdas passam a ser calculadas em bilhões de reais, com o setor industrial das carnes prevendo vários meses para recuperar a cadência de trabalho a partir do término da greve dos caminhoneiros.
A retomada do transporte deverá levar a uma corrida ao milho, pois as empresas necessitam refazer estoques. Este fato poderá elevar ainda mais os preços do cereal nas próximas semanas.

Ao atual cenário deve-se somar às perdas com a safrinha, as quais ainda podem aumentar apesar das chuvas ocorridas em algumas regiões de produção.
 

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