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Cotações do milho se recuperam em Chicago

Na Argentina a tonelada FOB de milho recuou para US$ 167,00, enquanto no Paraguai a mesma permaneceu em US$ 132,50


As cotações do milho em Chicago, após recuarem para US$ 3,57/bushel durante a semana, se recuperaram para fechar próximas dos níveis da semana anterior. De fato, o primeiro mês cotado fechou a quinta-feira (12) em US$ 3,67/bushel, contra US$ 3,65 uma semana antes.

Assim como no caso da soja, o relatório de oferta e demanda do USDA, anunciado no dia 10/12, para o milho, não trouxe novidades. O mesmo praticamente manteve os números do relatório de novembro para os EUA. Todavia, aumentou a produção mundial para 1,109 bilhão de toneladas, com ganhos de quase 7 milhões de toneladas sobre novembro, e aumentou os estoques finais mundiais para 300 milhões de toneladas, com acréscimo de quase 5 milhões sobre os números de novembro. Também aqui a expectativa é para o relatório de janeiro próximo, o qual deve consolidar os números da atual safra 2019/20 para os EUA.

O clima na América do Sul ganha espaço, pois há perdas no sul do Brasil e também na Argentina devido a falta de chuvas nas últimas semanas, particularmente na região Central do vizinho país. Além disso, as atenções se voltam para a transição das exportações do Brasil para os EUA, na medida em que nosso país entra no forte da entressafra de milho e diminui naturalmente suas vendas externas logo mais. Dito isso, o mercado está preocupado com o baixo ritmo das vendas externas estadunidenses na atualidade, sendo que apenas 546.100 toneladas foram exportadas na semana anterior, contra uma expectativa que girava entre um e 1,5 milhão de toneladas.

Enquanto a colheita da soja nos EUA está praticamente encerrada, a do milho alcançava 92% da área no dia 08/12, contra 100% na média histórica para esta data.

Na Argentina a tonelada FOB de milho recuou para US$ 167,00, enquanto no Paraguai a mesma permaneceu em US$ 132,50.

E no Brasil o mercado se mantém firme, apesar de certa acomodação de preços diante da chegada do final de ano e o marasmo provocado pelas Festas. A média gaúcha no balcão ficou em R$ 36,54/saco, enquanto os lotes giraram entre R$ 44,00 e R$ 45,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes ficaram entre R$ 32,00 em Sinop (MT) e R$ 50,00/saco em Itanhandu (MG), passando por R$ 49,00 em Alfenas (MG) e R$ 45,50 em Concórdia, Videira e Campos Novos (SC).

Os preços cederam um pouco em São Paulo pela menor presença do lado comprador, mas isso não deve durar muito. A preocupação continua a respeito da oferta que o país terá a partir de janeiro, diante da redução dos estoques, da alta exportação e das dificuldades climáticas na safra de verão. Há perdas devido ao excesso de chuvas e atraso no plantio no Centro e Sudeste do país e, agora, há problemas graves de falta de chuvas em grandes regiões do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, Estados tradicionais importadores de milho. 

Não se pode ignorar igualmente o clássico problema de logística brasileiro quando iniciar a colheita da soja, fato que deixa o milho em segundo plano. Assim, diante da calmaria de mercado, que se avizinha com as Festas de Final de Ano, os preços buscam acomodação. Tanto é verdade que na Sorocabana paulista o saco de milho retornou ao nível de R$ 45,00, enquanto o referencial Campinas ficou em R$ 49,00 no CIF. A questão é ter oferta suficiente a partir de janeiro.

Neste sentido a semana já registrou notícia de que um importante industrial consumidor teria importado um grande volume de milho, confirmando a tendência que se apresentava já nas últimas semanas e colocando o mercado ainda mais em alerta.

Por outro lado, até o início deste mês de dezembro a safrinha de 2019 já havia sido vendida em 84% de seu volume, contra 82% no ano anterior. Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraná ainda possuem um pouco mais de milho do que o restante dos produtores da safrinha. Quanto a comercialização da futura safrinha, até o início do corrente mês a mesma atingia a 9% do total esperado, contra 6% na mesma época do ano passado. O Mato Grosso chegava a 14% comercializado, contra 11% em 2018 nesta época. (cf. Safras & Mercado)

Enfim, o plantio da safra de verão, até o dia 06/12, atingia a 92% da área do Centro-Sul brasileiro, contra 98% no ano passado na mesma época. Os Estados mais atrasados eram Goiás/DF com 87%, contra 100% um ano antes; e Minas Gerais com 75%, contra 94% um ano antes. 
 

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