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Cotações do trigo, após um início de semana em baixa em Chicago

Semana iniciou com previsões de chuva nas regiões produtoras dos EUA



As cotações do trigo, após um início de semana em baixa em Chicago, subiram no final da mesma para fechar em US$ 4,80/bushel no dia 26/04, contra US$ 4,76 uma semana antes.

A semana iniciou com previsões de chuva nas regiões produtoras dos EUA, acompanhadas de um movimento de venda de contratos por parte dos Fundos, fato que reduziu as cotações. No trancorrer da semana o quadro mudou. As chuvas foram insuficientes, aumentando a tensão para perdas nas lavouras tritícolas estadunidenses, assim como as inspeções de exportação de trigo por parte dos EUA vieram acima das expectativas do mercado. Somou-se a tudo isso o lento avanço do plantio naquele país.

Neste último caso, o trigo de inverno estadunidense, até o dia 22/04, havia sido semeado em apenas 13% da área esperada, contra 19% na média histórica para esta época, enquanto o trigo de primavera atingia tão somente 3% da área, contra 25% na média histórica.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação se manteve entre US$ 190,00 e US$ 240,00 na compra.

No Brasil, com a disparada da desvalorização cambial, pela qual o Real chegou a bater em R$ 3,51 por dólar em alguns momentos desta semana, os preços na importação voltaram a subir, melhorando o quadro de preços do produto interno, fato que levou os produtores a retraírem mais as vendas do pouco trigo de qualidade superior que ainda está disponível.

Neste contexto, o mercado passa a ficar cada vez mais na dependência dos preços de importação, os quais são balizados pelo comportamento dos preços na Argentina, em especial, hoje estabilizados, e sobretudo pelo comportamento cambial no Brasil. Neste último caso, em continuando este quadro de alta volatilidade no câmbio, com o mesmo permanecendo acima dos R$ 3,30 por dólar, os preços do trigo no Brasil devem continuar subindo. O problema é que praticamente não há mais produto disponível para venda. O que pode ocorrer é que esta mudança no rumo dos preços do cereal, mesmo que ainda insuficiente, venha a estimular um maior plantio de trigo neste inverno. Lembramos que a tendência inicial era de forte redução na área a ser semeada.

Tal quadro, portanto, poderá ser de pressão altista sobre o mercado nas próximas semanas, pois a nova colheita somente se dará a partir de setembro. Soma-se a isso a expectativa de maior liquidez neste mercado interno após a conclusão da colheita de verão, a qual chega ao seu final neste momento.

Assim, a média gaúcha no balcão fechou a semana em R$ 35,91/saco, enquanto os lotes estiveram ao redor de R$ 42,00/saco. Nas demais praças produtoras de trigo, o Paraná indicou preços médios de balcão entre R$ 35,00 e R$ 39,00/saco, enquanto os lotes atingem a R$ 48,60 e R$ 49,20/saco dependendo da região. Em Santa Catarina, o balcão ficou entre R$ 33,00 e R$ 35,00/saco, enquanto os lotes se mantiveram em R$ 42,60/saco (cf. Safras & Mercado).  
 

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