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Cotações do trigo em Chicago recuaram durante a semana

No Mercosul, a tonelada de trigo FOB para exportação se manteve entre US$ 180,00 e US$ 200,00


As cotações do trigo em Chicago recuaram durante a semana, batendo em US$ 4,09/bushel na quinta-feira (30), contra US$ 4,22 uma semana antes.

O mercado estadunidense continua decepcionado com as exportações dos EUA, muito baixas. Isso tem pesado sobre as cotações. Já se começa a cogitar que o país não conseguirá atingir o volume projetado para as exportações anuais em 2017/18. Na semana encerrada em 23/11, por exemplo, as inspeções de exportação acusaram um volume de apenas 344.721 toneladas.

Temperou um pouco esse quadro baixista o fato de as lavouras de inverno nos EUA estarem apresentando problemas, devido ao clima, porém, isso tem sido insuficiente, ainda, para reverter a pressão baixista (até o dia 26/11 cerca de 50% apenas das lavouras estavam entre boas a excelentes, contra 52% na semana anterior). Paralelamente, há informações de que o plantio da nova safra de trigo nos EUA terá uma área menor. Isso poderá dar sustento às cotações futuramente. Todavia, é importante considerar que existe uma enorme oferta mundial de trigo neste ano.

Ao mesmo tempo, a Argentina avança em sua colheita, tendo chegado a 25% da área nesta última semana de novembro.

No Mercosul, a tonelada de trigo FOB para exportação se manteve entre US$ 180,00 e US$ 200,00.

Aqui no Brasil, os preços do cereal se mantiveram estáveis, com a média no balcão gaúcho fechando o mês em R$ 29,67/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 36,00/saco. Nas demais praças nacionais os lotes oscilaram entre R$ 40,20 e R$ 41,40/saco no Paraná e R$ 35,40/saco em Santa Catarina. No balcão, os preços no Paraná ficaram entre R$ 32,00 e R$ 34,00/saco, enquanto em Santa Catarina entre R$ 31,00 e R$ 32,00/saco.

Dito isso, o mercado brasileiro assistiu ao término da colheita nacional de trigo neste final de novembro. Nos três Estados do sul do país, que representa mais de 95% da produção nacional, o volume produzido caiu fortemente, assim como a qualidade do produto. Nas próximas semanas os números definitivos deverão ser divulgados, porém, o quadro não deverá fugir muito do que já se estimou.

Neste contexto, a comercialização praticamente travou no país, com os produtores tentando um preço um pouco melhor, especialmente para o trigo superior, enquanto as indústrias se mostram relativamente abastecidas. Além disso, com a valorização do Real as importações voltaram a ficar mais competitivas.

Assim, por enquanto não há espaço para uma melhoria nos preços do cereal, salvo movimentos casuais e regionalizados. Na prática, o câmbio ditará o rumo dos preços nas próximas semanas. Em o Real se mantendo abaixo de R$ 3,20 as importações de trigo serão estimuladas, e vice-versa. Dito isso, a enorme quantidade de triguilho que foi colhida nesta safra acabou por frear, igualmente, a recuperação dos preços do milho no mercado brasileiro.
 

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