CI

Cotações do trigo em Chicago se mantiveram acima dos US$ 5,00/bushel

No início da semana chuvas sobre as regiões produtoras derrubaram as cotações


As cotações do trigo em Chicago se mantiveram acima dos US$ 5,00/bushel, fechando a quinta-feira (07) em US$ 5,26/bushel, ou seja, no mesmo valor do fechamento de uma semana antes. Todavia, a semana viveu importantes oscilações nestas cotações. Isto se deveu ao clima nos EUA e em outras regiões no mundo, e ao início da colheita do cereal nos EUA.

No início da semana chuvas sobre as regiões produtoras derrubaram as cotações, porém, o clima acabou mudando no final da mesma, causando novas especulações, já que a colheita nos EUA indica rendimentos menores do que o esperado. Igualmente um clima seco em regiões produtoras da Rússia colaborou para a recuperação parcial das cotações.

Quanto à colheita estadunidense, o trigo de inverno apresentava, no dia 03/06, 5% da área colhida, contra 4% na média histórica e 9% na mesma época do ano passado.

Pelo lado das exportações, o quadro estadunidense não tem sido bom, com as inspeções para a venda externa de trigo, na semana encerrada em 31/05, atingindo apenas a 341.470 toneladas.

No Mercosul, a tonelada FOB para exportação oscilou entre US$ 250,00 e US$ 262,00, na compra. Já a safra nova ficou cotada ao redor de US$ 195,00.

No Brasil, o mercado esteve bastante travado, ainda sofrendo o rescaldo da greve dos caminhoneiros. A semana terminou com o balcão gaúcho fechando na média de R$ 41,02/saco, enquanto os lotes ficaram em R$ 51,00/saco. No Paraná, o balcão trabalhou entre R$ 41,50 e R$ 43,00/saco, enquanto os lotes se mantiveram entre R$ 60,00 e R$ 63,00/saco. Já em Santa Catarina o balcão ficou entre R$ 38,00 e R$ 40,00/saco, enquanto os lotes permaneceram em R$ 55,50/saco na região de Campos Novos.

A destacar que o plantio no Paraná chegava a 70% no transcorrer da semana, enquanto no Rio Grande do Sul o mesmo estaria ao redor de 10%. Na Argentina, o plantio batia em 8% neste início de junho.  

Com a forte desvalorização do Real nesta semana, mais uma vez, as importações de trigo ficaram ainda mais caras e praticamente inviáveis. Ao mesmo tempo, o retorno dos caminhões às estradas trouxe à tona o problema do valor dos fretes, cuja tabela está sendo revista pelo próprio governo.

O quadro geral é de alta nos preços do trigo nacional, pelo menos até setembro. É provável que os atuais preços estimulem a um aumento maior de área semeada, especialmente no Rio Grande do Sul. Resta esperar que o clima colabore, desta vez, com a safra.

Por enquanto, o mercado nacional se encontra com pouco trigo disponível, fato que reduz o ritmo de comercialização, mesmo com os preços em elevação. Vale ressaltar que, na contramão destes preços, o custo da logística subiu muito, freando a oferta em parte do país. Mas logo mais, as indústrias serão obrigadas a repor estoques, devendo puxar os preços ainda mais para cima. Todavia, com dificuldades para repassar tais aumentos ao consumidor final, muitas indústrias buscam outra estratégia, ou seja, reduzir a moagem, alongando seus estoques, esperando o início da nova colheita e uma possível redução dos preços internos (cf. Safras & Mercado).
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.