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Cotações do trigo estabilizadas

Cotações do trigo se estabilizaram nesta última semana de março


As cotações do trigo se estabilizaram nesta última semana de março, com o fechamento do dia 28 (quinta-feira) ficando em US$ 4,64/bushel, contra US$ 4,66 uma semana antes.

A fraca demanda pelo produto dos EUA não ajudou a uma nova melhoria nas cotações. De fato, as vendas líquidas de trigo por parte daquele país somaram, no ano comercial 2018/19, um total de apenas 298.600  toneladas na semana encerrada em 14/03. Já as inspeções de exportação somaram 340.398 toneladas na semana encerrada em 21/03.

Para contrapor este movimento, neves intensas e inundações na parte norte das Planícies produtoras dos EUA, particularmente em Dakota do Norte, tendem a atrasar o início do plantio do trigo de primavera, o qual normalmente se inicia em abril. (cf. Safras & Mercado)

Por sua vez, um movimento de cobertura de posições vendidas, somado as preocupações com o excesso de chuvas nas regiões produtoras estadunidenses, vieram se somar ao movimento altista da semana, porém, com pouco impacto nas cotações. No acumulado do atual ano comercial, iniciado em 1º de junho para o trigo, o volume total inspecionado para exportação soma 18,3 milhões de toneladas, contra 19,5 milhões no mesmo período do ano anterior.
Enfim, notícias de compras de trigo estadunidense, por parte do Egito, deram certo alento ao mercado no final da semana. Seriam 120.000 toneladas a serem embarcadas entre os dias 25/04 e 05/05, a um valor médio ao redor de US$ 221,00/tonelada.

Já no Mercosul, a tonelada FOB para exportação fechou a semana valendo entre US$ 215,00 e US$ 220,00. A safra nova argentina, por sua vez, se manteve em US$ 180,00/tonelada. 

E no Brasil, o preço do trigo ao produtor se estabilizou. A média gaúcha no balcão fechou o mês de março em R$ 41,59/saco, enquanto os lotes giraram ao redor de R$ 48,00/saco. Nas demais praças nacionais igualmente não houve grandes variações de preços. No Paraná, o balcão recuou para valores entre R$ 45,00 e R$ 48,00/saco, enquanto os lotes permaneceram entre R$ 54,00 e R$ 55,20/saco. Já em Santa Catarina o balcão fechou março entre R$ 42,00 e R$ 45,00/saco, enquanto os lotes, na região de Campos Novos, ficaram em R$ 51,00.

Diante do pouco produto de qualidade disponível no Brasil, os moinhos nacionais continuaram buscando trigo no mercado mundial. Neste momento, a forte desvalorização do Real encarece o produto importado, podendo ajudar a melhorar um pouco o preço do trigo nacional.

Por sua vez, o mercado questiona o volume de excedentes exportáveis ainda disponíveis na Argentina, cogitando que a oferta existente possa não atender a demanda brasileira até a entrada da nova safra brasileira, a partir de setembro.

Pelo sim ou pelo não, o fato é que os preços estão ajustados às paridades de importação, e sem grandes espaços para recuperações. Ou seja, são estas paridades que balizam os preços internos do trigo. Enquanto isso, os moinhos continuam com compras antecipadas, pelo menos até o final de junho próximo.

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