Bicho-mineiro do cafeeiro exige manejo integrado
O controle dessa praga deve ser conduzido de forma integrada
O controle dessa praga deve ser conduzido de forma integrada - Foto: Pixabay
O bicho-mineiro do cafeeiro, inseto da espécie Leucoptera coffeella, é uma das principais pragas que comprometem a cultura do café no Brasil, sobretudo em períodos de clima quente e seco. Segundo a engenheira agrônoma e técnica em agropecuária Maria Luisa Teixeira, as lagartas atacam o parênquima foliar das plantas, abrindo galerias conhecidas como minas, que reduzem a área fotossintética e causam intensa desfolha. O resultado é a queda na produtividade e o enfraquecimento das plantas, afetando também a próxima safra.
O controle dessa praga deve ser conduzido de forma integrada e preventiva, unindo técnicas de monitoramento, controle biológico e manejo cultural. O acompanhamento frequente da lavoura permite identificar precocemente o aumento da infestação e definir o momento correto para a adoção de medidas de controle. A aplicação racional de inseticidas seletivos é recomendada apenas quando necessária, evitando o desequilíbrio ecológico e a eliminação de inimigos naturais.
Entre as estratégias mais eficientes estão o uso de parasitóides e fungos entomopatogênicos, que atuam de forma natural sobre as lagartas, além de práticas culturais como poda regular, nutrição equilibrada e manutenção da boa ventilação no cafezal. Essas ações reduzem o microclima favorável ao inseto e fortalecem as plantas, tornando-as mais resistentes ao ataque. A combinação dessas medidas é essencial para garantir a sustentabilidade da produção e minimizar perdas econômicas no campo.
“O manejo eficiente envolve o monitoramento constante da lavoura, uso racional de inseticidas seletivos, adoção de controle biológico com parasitóides e fungos entomopatogênicos, além de práticas culturais que favorecem o equilíbrio ecológico, como poda, nutrição equilibrada e boa ventilação do cafezal”, disse ela, no LinkedIn.