Safra de soja 2023: Desafios climáticos e impacto global
Banco divulgou suas perspectivas
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Em dezembro, segundo o Itaú BBA, as previsões iniciais de boas chuvas na região central do Brasil foram adiadas, resultando em precipitações abaixo da média após a primeira quinzena. Além disso, a primeira metade do mês manteve o padrão de temperaturas acima da média, incluindo uma onda de calor que elevou as temperaturas a mais de 40°C em várias áreas do país.
“Os mapas de precipitação para a segunda quinzena do mês sinalizam uma condição melhor para as chuvas na região central em relação ao observado nos primeiros quinze dias, porém, os acumulados devem seguir abaixo da média para o período sobre o estado do Mato Grosso”, comenta.
Devido à irregularidade das chuvas no Mato Grosso desde o início da safra, juntamente com episódios de calor excessivo e expectativas de chuvas abaixo da média em dezembro, uma nova revisão para a safra do estado foi realizada. A produtividade das lavouras foi reduzida, resultando em uma quebra de cerca de 20% em relação ao potencial e uma projeção de safra para o Mato Grosso abaixo das 40 milhões de toneladas.
Isso impacta a safra total de soja do Brasil, que agora é estimada em 153 milhões de toneladas, tornando este potencialmente o pior ano da história para a oleaginosa no estado. Considerando um crescimento de 3% para o consumo interno, a disponibilidade para exportação seria de aproximadamente 95-96 milhões de toneladas para manter o balanço próximo aos níveis observados na safra 2022/23.
“Trazendo esse número de Brasil para o balanço global, e ainda considerando uma retomada da produção da Argentina, próxima a 50 milhões de toneladas, teríamos um balanço um pouco mais apertado que o esperado inicialmente, porém ainda próximo aos níveis observados na safra 2022/23. Aqui, vale a ressalva de que, diferente do observado em 2022/23, na safra 2023/24 temos a expectativa de forte crescimento para o consumo global do grão (+5%), algo que deve ser acompanhado e que terá influência direta no comportamento dos preços no ano que vem”, conclui.
