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Curso sobre bioinsumos terá novas turmas

Produtores aprendem sobre uso correto de bactérias e fungos na agricultura


Foto: Pixabay

O mercado de bioinsumos cresce exponencialmente no Brasil e os produtos podem ser aplicados desde cultivo de pequenas culturas como hortaliças, até as grandes, como a lavoura de soja, por exemplo.
O consumo dos produtos de base biológicas pelos produtores cresce em todo o mundo na ordem de 15% ao ano. No Brasil, as taxas atingem quase o dobro, com índice de 28% e movimentação de mais de R$ 1 bilhão. Em 2020, o Ministério da Agricultura registrou 95 defensivos de baixo risco, entre produtos biológicos, microbianos, semioquímicos, bioquímicos, extratos vegetais, reguladores de crescimento. Em relação ao ano anterior, o aumento é de 121% no número de registros.

Além do baixo impacto ao meio ambiente a utilização desses produtos auxilia na redução da importação de produtos químicos, gerando um impacto socioeconômico nas regiões. No entanto é necessário aprender a manejar corretamente estas bactérias e fungos para obter sucesso no controle de pragas e doenças.

No começo deste mês foi capacitada a primeira turma para a produção de bioinsumos, realizada pela Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro). O curso na modalidade de educação à distância teve 3.141 inscritos e foi o segundo com maior procura nesta gestão do Mapa.
Devido ao grande sucesso do primeiro curso de capacitação sobre produção de bioinsumos, estão previstas outras cinco turmas, sendo uma delas ainda para este ano. 

Para Alessandro Cruvinel, presidente do Conselho Estratégico do Programa Bioinsumos, os produtores estão acreditando, cada vez mais, neste sistema, de forma a integrar as grandes culturas nacionais a um processo de cultivo e produção biológico. “Havia uma percepção de que a produção de sistema biológico era voltada a um nicho específico e não atenderia a um grande produtor. A gente conseguiu romper essa barreira nos últimos anos”.

Para ele este é um mercado promissor a ser explorado, já que o Brasil reúne 20% de toda a biodiversidade do planeta e, grande parcela dela ainda não é utilizada com essa finalidade. Criado há mais de um ano, o Programa Bioinsumos incentiva o setor de produtos de base biológica, que envolvem processos e tecnologias, de origem vegetal, animal ou microbiana, destinados ao uso nos diversos sistemas de produção agrícolas, pecuários, aquícolas e florestais. No nicho do controle biológico, há bioinsumos com o perfil de atuação como bioinseticidas, biofungicitadas, bionematicidas para aplicação em plantas. Já para a fertilidade do solo há biofertilizantes, bioinoculantes, bioestimulantes.
 

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