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Custos de produção registram alta de 2,57% no primeiro semestre

Alta de 26% na taxa cambial foi principal responsável pelo aumento


Foto: Pixabay

Os custos de produção do agronegócio tiveram um aumento superior ao IPCA. Enquanto o índice de preços ao consumidor registrou uma alta de 0,10%, o IICP (Índice de Preços dos Custos de Produção), no Rio Grande do Sul, chegou a 2,57% no primeiro semestre de 2020. Os dados foram divulgados pela Farsul nesta segunda-feira (20/07). O aumento de 26% na taxa cambial durante o período foi o principal responsável pelo resultado.

Os números só não são maiores porque o IICP teve uma retração de 1,03% em junho em decorrência da queda de 7% da taxa cambial, anulando o impacto da recuperação dos preços dos combustíveis no último mês, após uma desvalorização de 37% nos meses anteriores. No acumulado em 12 meses, o IICP chegou a uma alta de 2,21% e o IPCA ficou em 2,13%. A equipe econômica alerta aos produtores que é necessária atenção aos custos de produção. A tendência é uma recuperação no preço do petróleo durante o segundo semestre, com a manutenção de uma taxa cambial elevada.

Se o câmbio encareceu os insumos para os produtores, ele também foi responsável por anular a queda, no cenário internacional, dos preços dos principais produtos produzidos no estado. O IIPR (Índice de Preços Recebidos pelos Produtores Rurais) atingiu uma alta de 24,16% nos primeiros seis meses do ano. Números bem superiores ao IPCA Alimentos que ficou em 4,09%. Na comparação com os meses mais recentes, junho teve o IIPR com a menor índice, ficando em 0,93%, resultante da queda cambial no mês.

O distanciamento entre os preços do campo e das prateleiras de supermercados ficam mais evidentes quando a comparação é feita no período de um ano. Nos últimos 12 meses, o IIPR chegou a um crescimento de 36,08%, enquanto o IPCA Alimentos ficou em 7,61%. Esses resultados são reflexos de uma taxa cambial que atingiu patamares históricos, contribuindo para uma valorização dos preços agrícolas, enquanto as medidas preventivas à pandemia do Covid-19 geraram uma baixa atividade econômica, afetando os produtos que compõem a cesta do IPCA Alimentos.

 

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