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Déficit de produtos químicos soma US$ 11,4 bi

Movimentações foram recorde


Foto: inpEV

O déficit da balança comercial de produtos químicos somou US$ 11,4 bilhões no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O valor é 2,6% menor do que o observado no mesmo período do ano anterior. 

Esse valor é o resultado das importações de US$ 16,1 bilhões e das exportações de US$ 4,7 bilhões, que representam reduções respectivas de 5,3% e de 11,3% na mesma comparação. “Os intermediários para fertilizantes e os produtos farmacêuticos para uso humano foram os principais grupos da pauta de importação brasileira de produtos químicos, cada um com compras superiores a US$ 2,5 bilhões até maio, e juntos representaram praticamente um terço do total importado pelo País no período”, disse a Abiquim. 

“Já quanto às exportações, os grupos de produtos inorgânicos diversos (especial destaque para alumina calcinada) e de resinas termoplásticas foram aqueles com maiores vendas ao exterior, entre janeiro e maio. Contudo, ao passo que as exportações desses inorgânicos (US$ 1,5 bilhão) cresceram 2,7%, as vendas de resinas termoplásticas (US$ 610,8 milhões) recuaram expressivos 22,6% em igual período”, completa. 

No acumulado dos últimos 12 meses (junho de 2019 a maio de 2020), o déficit é de praticamente US$ 31,5 bilhões, valor somente inferior ao recorde de 2013, de US$ 32 bilhões. De acordo com o presidente-executivo da Abiquim, Ciro Marino, diversos são os países que estão reavaliando suas posições geopolíticas em relação à produção e ao consumo de bens nas cadeias globais. 

“A distribuição geográfica da produção e dos investimentos como a conhecemos está sendo redefinida nesse exato momento. Além das reformas estruturantes da economia brasileira e dos programas de ajustes competitivos, como o decisivo Novo Mercado de Gás para o setor químico, que pode fomentar no Brasil a cadeia de fertilizantes, commoditie cujo custo da matéria-prima é preponderante para as alocações de investimentos, também é do interesse estratégico nacional o fortalecimento do sistema brasileiro de defesa comercial, instituto legal que sob hipótese nenhuma pode ser alvo de ímpetos oportunistas de se minorar sistematicamente a sua eficiência e integralidade e expor o País ao comércio irresponsável no momento mais inoportuno possível”, conclui. 

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