“É um excelente exercício olharmos os mercados ao redor do mundo, pois continuam chegando informações de que as lavouras do Hemisfério Norte definitivamente produziram menos este ano e, por outro lado, o consumo segue firme”. A informação foi revelada pelo Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses).
“Com diversas regiões da Europa com restrições à circulação da população, mesmo com a vacinação, o consumo de ‘comida de verdade’ segue firme. Há um medo em muitos do consumo de alimentos processados. É a nossa vez. Nunca houve uma possiblidade tão grande para o Brasil disputar no mercado mundial”, comenta o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.
De acordo com o dirigente, obviamente é necessário atender “primeiro aqui”, no próprio Brasil, mas a “demanda mundial é real e com diversas demonstrações de perenidade nos próximos 2 anos pelo menos. Leve em consideração isto no seu planejamento para este ano e, segundo alguns especialistas, para o ano que vem também. Por isso, teste, experimente e aprenda como produzir, pois demanda haverá”.
MERCADO
Ainda de acordo com a entidade mais representativa de pulses no Brasil, o mercado brasileiro de feijão teve uma segunda-feira atípica, com bom volume de negócios. “Se levar em consideração que não havia bancos funcionando e que foi uma segunda-feira de Carnaval, foi excepcional. Com os preços dos lotes de Feijão-preto cravados nos R$ 350 e lotes de melhor qualidade de Feijão-carioca Campos Gerais chegando a R$ 290 para venda nas cerealistas, que consolidam os lotes muitas vezes de mais de um produtor”, conclui Lüders.