Demanda por etanol e retenção de estoques impulsionam preço do milho no Brasil e nos EUA
Preço do milho apresentou alta no Brasil e nos Estados Unidos na última semana
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O preço do milho apresentou alta no Brasil e nos Estados Unidos na última semana de outubro, puxado pela demanda por etanol, atraso na colheita americana e retenção de estoques em Mato Grosso. Segundo informações do boletim informativo do IMEA, entre os dias 20 e 24 de outubro, o contrato corrente da CME Group subiu 1,70%, com média semanal de US$ 4,24/bushel. O principal fator foi o aumento da demanda americana para produção de etanol, além de exportações aquecidas.
Outro aspecto relevante foi o atraso na colheita nos EUA, provocado por fortes chuvas na região do cinturão do milho. A menor oferta imediata elevou a pressão sobre os preços, em um momento estratégico para o abastecimento do mercado global.
No Brasil, o milho também se valorizou. Em Mato Grosso, principal estado produtor, a cotação média alcançou R$ 46,29 por saca, aumento de 0,81% na semana. A elevação é atribuída à estratégia dos produtores de reter os estoques na expectativa de preços mais atrativos no curto e médio prazo.
Além do mercado físico, os contratos futuros na B3 também refletiram essa tendência de valorização. O milho para julho de 2026 subiu 1,36%, cotado em média a R$ 68,09 por saca, sustentado pela demanda interna.
O IMEA salienta que o atual cenário é de expectativa positiva para o setor, com preços sustentados por fundamentos sólidos. A tendência, ao menos no curto prazo, é de manutenção da firmeza nos preços diante do quadro de oferta limitada e consumo elevado.