Desafios e expectativas do mercado de trigo
No Paraná, o cenário é de pressão no mercado
Segundo informações da TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul apresenta uma demanda complicada, especialmente para os moinhos gaúchos, que estão bem abastecidos, principalmente com trigos medianos. Os moinhos relatam que as moagens continuam baixas em setembro, levando-os a se manterem atentos à próxima safra. Atualmente, os vendedores estão pedindo R$ 1.250,00 FOB para trigos com um teor de proteína mínima de 77 e qualidade panificável, mas esses preços não estão sendo alcançados, e os moinhos preferem não fazer indicações de preços.
Em Santa Catarina, os moinhos também estão de olho na safra gaúcha, aguardando a colheita para reabastecer seus estoques. A demanda continua baixa, mas espera-se que uma melhor qualidade do trigo possa impulsionar a procura por farinhas. Recentemente, os preços da pedra fecharam em valores variados nas principais cidades do estado: R$ 72,00 em Caçador, R$ 67,67 em Canoinhas, R$ 73,00 em Chapecó, R$ 72,00 em Joaçaba, R$ 70,00 em Rio do Sul, R$ 75,25 em São Miguel do Oeste e R$ 76,48 em Campos Novos.
No Paraná, o cenário é de pressão no mercado. Os preços do trigo paranaense variam de R$ 1.450 a R$ 1.500 FOB, influenciados pela busca dos moinhos por preços mais baixos. A chegada do trigo da nova safra do Rio Grande do Sul, com preços CIF variando de R$ 1.300 a R$ 1.380, também pressiona os valores locais. O aumento do volume de colheita paranaense intensifica a oferta, impactando ainda mais os preços. Em comparação, o mercado gaúcho se apresenta mais favorável em termos de custo de matéria-prima para os moinhos, enquanto o Paraná, com sua colheita já em andamento, movimenta o mercado spot.