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Desempenho do ovo em fevereiro e no 1º bimestre de 2016

O ovo vem conseguindo, ainda que parcialmente, enfrentar essa elevação de custo


O grande arranque dado pelo ovo em janeiro – quando, em pouco mais de duas semanas, obteve valorização superior a 30% - teve continuidade em fevereiro. 

Tanto que, no décimo primeiro dia do mês alcançou valor cerca de 45% superior ao registrado no mesmo dia do mês anterior. E como, nessa ocasião, a Quaresma estava apenas começando, aumentaram as expectativas de novas altas. 

Mas o consumo novamente impôs suas condições. E, antes mesmo que começasse a segunda quinzena, o mercado começou a dar sinais de saturação, denotando as dificuldades do comprador final em manter seu poder aquisitivo.

De toda forma, o balanço de fevereiro foi encerrado com resultado extremamente positivo em relação ao mês anterior, pois o valor médio alcançado no mês aumentou mais de 20%.

Infelizmente, porém, até mesmo esse desempenho tem significado econômico mínimo, pois comparativamente a fevereiro de 2015 a valorização obtida mal acompanhou a inflação do País, ficando em 13,15%. E esse “ganho”, todos sabem, é insuficiente para cobrir a alta de custo decorrente, sobretudo, do encarecimento do milho – matéria-prima básica do ovo que teve alta de mais de 50% nos últimos 12 meses.

A despeito disso, o ovo vem conseguindo, ainda que parcialmente, enfrentar essa elevação de custo – algo que não acontece com o frango. Assim, por exemplo, pelo segundo mês consecutivo o ovo registra desempenho superior ao de sua curva sazonal de preços.

Explicando: pela curva sazonal (média de preços dos últimos 15 anos), o ovo tende a alcançar, em fevereiro, preço 14% superior ao valor médio do ano anterior. Pois neste último fevereiro o preço registrado ficou mais de 30% acima da média de 2015, ano em que o ovo obteve boa recuperação de preços.

O único senão nesse comportamento é que, passada a Quaresma, vêm os retrocessos de consumo e, com eles, as quedas de preço. Sob esse aspecto, pois, o produtor tem à frente apenas quatro semanas. Depois disso é provável que novas medidas de regularização da oferta sejam necessárias. Atenção, portanto.

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