Desempenho exportador das carnes no primeiro decêndio de dezembro
As exportações completaram o primeiro decêndio de dezembro com resultados negativos em relação ao último mês do ano passado
Embora em melhor ritmo que nos primeiros dias do mês, as exportações das carnes de frango e bovina completaram o primeiro decêndio de dezembro (1 a 11, oito dias úteis) com resultados negativos em relação ao último mês do ano passado, pois, pela média diária, o volume embarcado recuou 5,65% e 26,97%, respectivamente. Ou seja: pelo mesmo quesito, apenas a carne suína teve embarques ampliados, com aumento – pela média diária – de 10,89%.
Porém, ainda que o volume tenha aumentado, o preço médio da carne suína permanece em queda, registrando no período redução de 6,74% sobre a média alcançada em dezembro de 2020. Com isso, sua receita cambial – ainda pela média diária – registra no momento aumento de apenas 3,42% sobre o mesmo mês do ano passado.
Não é o que ocorre com a carne de frango, cujo preço médio, nesses primeiros oito dias de dezembro, é quase um quarto (23,56%) superior ao de um ano atrás. Assim, sua receita média diária alcança, no momento, valor 16,58% maior que o de dezembro/20.
O preço médio da carne bovina também permanece em evolução, pois registra até aqui aumento de, praticamente, 9% sobre o último mês do ano passado. Infelizmente, no entanto, esse incremento permanece insuficiente para cobrir o déficit registrado no volume embarcado. Em decorrência, o recuo na receita média diária do produto apresenta recuo anual ligeiramente superior a 20%.
Com, respectivamente, 120,3 mil toneladas, 37,8 mil toneladas e 29,1 mil toneladas já embarcadas, as carnes de frango, bovina e suína sinalizam para a totalidade do mês (23 dias úteis) exportações totais de 346 mil/t, 108,8 mil/t e 83,7 mil/t, também respectivamente. E se esses volumes se confirmarem, apenas a carne suína registrará no mês aumento anual (de, praticamente, 16%). Ou seja: o volume de carne de frango tende a uma quase estabilidade em relação a dezembro/20 (redução de 1,36%), enquanto o de carne bovina sinaliza queda superior a 20% para o mês.
Já no tocante à receita cambial, a perspectiva de redução fica limitada à carne bovina (queda de, aproximadamente, 17% é o sinalizado por ora). A carne suína acena com um aumento de 8% e a de frango com incremento próximo de 22%.