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Diretoria da ACQM quer transformar festa em marca nacional para MS


No dia 25 de maio assumiu uma nova diretoria frente à Associação dos Criadores de Quarto de Milha (ACQM). O presidente, Nilson Ricartes, assumiu a vaga renunciada por Sebastião Homero. A próxima eleição acontece em fevereiro de 2010 e nos próximos oito meses da atual gestão algumas idéias audaciosas devem ser colocadas em prática. Faltando três meses para o mais tradicional evento da associação, tudo está sendo preparado para transformar a festa em uma marca nacional para projetar Mato Grosso do Sul no segmento do laço. Nesta entrevista, Nilson Ricartes fala de idéias, mudanças e projetos que estão em processo de elaboração para captar atenções para o laço comprido do Estado, bem como fortalecimento da entidade.

Agroin – Quais são as principais mudanças que a atual diretoria pretende implantar na ACQM?

Nilson – Uma das principais mudanças é trazer aqueles sócios fundadores que estavam afastados da ACQM. Prefiro não citar motivos deste afastamento. Na associação existem os sócios fundadores (aqueles que fizeram a ACQM), os contribuintes (pagam), os beneméritos (que pagam uma cota única). Hoje, 99% são sócios contribuintes e dentro deles tem os sócios proprietários que tem parte no rancho da ACQM, que fica em Jaraguari- na saída de Campo Grande pra Cuiabá. Eles são sócios da ACQM e do Rancho.

Agroin – E por que esta diretoria quer tanto trazer os fundadores?

Nilson –Eles são pessoas importantes dentro do contexto histórico e inclusive teme experiências para nos passar. Alguns deles já foram presidentes e todos estão desde o início da associação. São pessoas importantíssimas para o fortalecimento e continuidade da entidade.

Agroin – O senhor falou no rancho. Lá aconteciam grandes festas e agora não mais. Por que?

Nilson - Com a lei seca, nós trouxemos as festas para o Parque de Exposições Laucídio Coelho. Pra preservar as pessoas, nós paramos de vender bebida. Imagina o perigo também de se dirigir numa BR depois de uma festa. Por isto viemos para o parque. Lá no rancho agora só treinamentos e reuniões. Foi boa também esta mudança porque nosso rancho fica em Jaraguari. Então era muito difícil conseguirmos ajuda, patrocínio da cidade. Hoje se torna mais fácil fazer uma festa, conseguir apoio. Fizemos nossa festa junina outro dia e foi muito prestigiada.

Agroin – E já tem alguma outra festividade prevista?

Nilson – Sim. Uma das coisas que idealizamos foi o Potro do Futuro e Campeonato Nacional do Laço Comprido do Quarto de Milha. Isto junto com a ABQM – Associação Brasileira do Quarto de Milha. Então o evento é realizado pela ACQM e oficializado pela ABQM. Isso mudou o laço comprido, não só no nosso Estado, mas em nível de Brasil. Antes do Potro do Futuro, as pessoas laçavam nos seus clubes, na federação sem se preocuparem com documentos de animais, por exemplo. Hoje, pra concorrer ao Potro do Futuro, o cavalo tem que estar registrado na ABQM.

E é uma prova diferenciada onde o juiz julga os cavalos, a atitude do cavalo (como entra no brete, sai do brete, como se comporta quando o cavaleiro esta laçando o boi). Então com isso mudou também o pensamento dos nossos treinadores e dos competidores. Todo mundo fala que o laço comprido tem a etapa do antes e o depois do Potro do Futuro e Campeonato Nacional. A festa vai ser de 17 a 20 de setembro, o parque de exposições, inclusive com dois grandes leilões. Temos duas
festas que chamamos de caarapé (fevereiro e junho) e a maior é esta de setembro, que vai ser o quarto Potro do Futuro, o quarto Campeonato Nacional e o Sétimo Encontro Estadual de Laço Comprido.

Agroin – O laço é tido como um esporte. Como é o prestigio aqui no estado?

Nilson – O forte do laço comprido é Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Hoje temos alguns estados e algumas cidades que não é permitido provas com gado, devido protestos de entidades defensoras de animais. No laço comprido não gera agressão ao boi. É um laço light. Por isto está crescendo muito este esporte.

Agroin – E quais são os planos para este esporte aqui no MS?

Nilson – Hoje, várias cidades são conhecidas nacionalmente por suas festas: Barretos e Jaguariúna, por exemplo pelas festas de peão. Nós queremos transformar esta festa de setembro da ACQM (Potro do Futuro) como um evento de marca. Com ela estamos trazendo benefício para o Estado, para o comercio, hotéis, treinadores, competidores, agências de turismo, jornais. Vem gente do Brasil inteiro pra esta festa. Inclusive queremos ajuda, porque o turismo não se faz só com os organizadores. Ele se faz com participantes, população, governos municipal e estadual. Vem gente do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso... Nós temos toda chance que a festa vire um evento de marca, pois é grande. Quero lembrar que o Potro do Futuro é uma festa rotativa que por empenho acontece pelo quarto ano seguido no nosso Estado. Já sei que Cuiabá e uma cidade do Paraná já estão de olho pra sediar no ano que vem. Já basta que perdemos a subsede da Copa de 2014 para Cuiabá.(Fonte: Agroin)

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