Dólar deve encerrar o ano em R$ 5,55
No campo econômico, os dados de atividade indicam uma desaceleração gradual
No campo econômico, os dados de atividade indicam uma desaceleração gradual - Foto: Pixabay
O cenário externo e interno mantém os mercados atentos a possíveis ajustes na política econômica e à evolução da atividade no Brasil. Segundo os especialistas do Rabobank, Maurício Une e Renan Alves, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou um possível corte de juros de 25 pontos-base no final do mês, diante do baixo ritmo de contratações e do risco de aumento do desemprego, somado à preocupação com a estabilidade dos bancos regionais nos EUA.
No país, a reunião do chanceler brasileiro com o secretário de Estado americano e a decisão do TCU de suspender a exigência de atingir o centro da meta fiscal reforçam a incerteza, enquanto questões envolvendo os Correios aumentam os riscos sobre estatais. O dólar terminou a semana anterior cotado a R$ 5,4099, refletindo desvalorização de 2,01% frente a uma cesta de 24 moedas emergentes. Com isso, o Rabobank projeta o dólar a R$ 5,55 até o fim do ano.
No campo econômico, os dados de atividade indicam uma desaceleração gradual, mas sem perder dinamismo. O IBC-Br, proxy mensal do PIB calculada pelo BC, registrou alta de 0,40% em agosto, interrompendo três meses consecutivos de queda. Apesar de abaixo das expectativas do mercado (0,70%) e da projeção interna do Rabobank (1,10%), o resultado confirma que a economia brasileira segue avançando, ainda que em ritmo moderado.
O setor de serviços manteve trajetória de expansão, registrando alta de 0,1% em agosto, estabelecendo um novo patamar recorde e prolongando para sete meses consecutivos a sequência de crescimento. No varejo, o desempenho também surpreendeu positivamente: as vendas restritas subiram 0,2% m/m, enquanto o varejo ampliado, que inclui veículos, insumos de construção e atacado de alimentos, avançou 0,9%, acima das expectativas do mercado e das estimativas do Rabobank.