É preciso a segunda revolução verde?

Uma das grandes conquistas do homem no último século foi o grande aumento na produção de alimentos. De 1900 a 2000, houve um aumento de seis vezes nas produtividades, enquanto a população global aumentou menos de quatro vezes, o que significa que, em média, as pessoas hoje têm cerca de 50% mais alimentos disponíveis do que nossos antepassados do início do século XX.

A maior parte do aumento na produção veio de agricultores que produziram mais alimentos por unidade de área. O progresso extraordinário se deve à Revolução Verde.

Estima-se que o agrônomo e ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Norman Ernest Borlaug, que liderou a Revolução Verde nos anos 1959 a 19960, com variedades muito mais produtivas, salvou mais de um bilhão de vidas da fome. Além de alimentar as pessoas, a Revolução Verde tornou as sociedades muito mais ricas. E, à medida que a agricultura se torna mais eficiente, os produtores ficaram livres do trabalho mais manual e podem se envolver em uma gama muito mais ampla de atividades produtivas.

A Revolução Verde foi uma conquista extraordinária. No entanto, o mundo precisa de uma segunda Revolução Verde para estender os benefícios aos mais carentes e reduzir a fome global.

Um dos objetivos mais cruciais se concentra em maneiras de impulsionar a agricultura – desde acabar com a fome até garantir uma melhor nutrição e uma agricultura mais sustentável.

Infelizmente, estamos falhando em nossas promessas, e não apenas porque o COVID atrapalhou o progresso. Um rastreador mostra que, mesmo com base no progresso antes da interrupção da pandemia, as promessas alimentares dos políticos não seriam cumpridas até 2030.

A biotecnologia, a transformação digital e a nanotecnologia são algumas das novas tecnologias que prometem realizar esta segunda revolução verde.  Muitos produtores já estão se beneficiando delas, mas precisamos que elas sejam estendidas a maior número de usuários.

Artigo enviado por Canal Agricultura A a Z.