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Egito se retira do tratado de grãos da ONU

Medido deixa preocupações com a segurança alimentar global


Foto: Divulgação

O Egito, um dos maiores importadores de trigo do mundo, notificou que se retirará no final de junho de um tratado de grãos da ONU de décadas, causando consternação entre alguns outros signatários da convenção.

A saída do Egito da convenção multinacional de comércio de grãos (GTC), que promove a transparência do mercado para promover a cooperação comercial, segue um período de turbulência nos mercados de grãos ligados à guerra na Ucrânia e preocupações com a segurança alimentar global.

O Egito assinou o GTC, o único tratado internacional que cobre o comércio de grãos, em seu início em 1995, e é membro do conselho que o rege desde 1949. Em fevereiro, apresentou um pedido de retirada com efeito a partir de 30 de junho de 2023. "Isso veio sem informação prévia. Várias delegações dentro do IGC estão surpresas e tristes com a decisão", disse à Reuters Arnaud Petit, diretor executivo do Conselho Internacional de Grãos, que administra o tratado.

Duas fontes familiarizadas com o assunto, que pediram para permanecer anônimas, disseram à Reuters que o Egito devia as taxas de adesão ao IGC. O Ministério das Relações Exteriores não respondeu a uma pergunta sobre taxas.

Os comerciantes disseram à Reuters que não esperavam um impacto no mercado de grãos, mas uma fonte diplomática disse que, simbolicamente, a saída do Egito de uma organização multinacional pode ser vista como preocupante.

A guerra na Ucrânia interrompeu as compras de trigo do Egito no ano passado e o governo manteve negociações com países como a Índia, enquanto tentava diversificar os suprimentos do Mar Negro. Apesar desses esforços, o Egito contou com importações russas competitivas para aumentar suas reservas por meio de licitações tradicionais, algumas financiadas pelo Banco Mundial, bem como ofertas diretas não tradicionais.

O impacto econômico da guerra também exacerbou a escassez de moeda estrangeira no Egito, levando a uma desaceleração nas importações, um acúmulo de mercadorias nos portos e um pacote de suporte financeiro de US$ 3 bilhões do FMI. Em janeiro, o governo do Egito instruiu os ministérios a reduzir os gastos não essenciais até o final do ano fiscal.

Fonte Reuters com tradução Agrolink*

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